Durante os primeiros anos de vida, Mario Vargas Llosa acreditava que o pai, Ernesto, estava morto. Era essa a história que lhe contava Dora, a mãe. O casal tinha-se separado poucos meses antes do nascimento da criança - o pai tinha uma outra relação e a mãe decidiu criá-lo sozinha. Mudaram-se de Arequipa, no Peru, para Cochabamba, na Bolívia, aproveitando a nomeação do avô materno para cônsul honorário do Peru no país vizinho. Mario esteve até aos 10 anos sem saber que, na realidade, o pai estava vivo. Ambos só se conheceram quando a família materna regressou ao Peru e os pais reataram a relação.