Um busto do cantor americano Jim Morrison, que foi roubado do seu túmulo há 37 anos, foi encontrado por mero acaso. A notícia foi avançada pela Polícia Judiciária francesa, que através da sua conta de Instagram, apontou para uma "descoberta insólita".
"Durante uma investigação conduzida pela Brigada Financeira e Anticorrupção da Polícia Judiciária, sob a égide do Ministério Público de Paris, foi recuperado este símbolo emblemático dos fãs do cantor", revelaram as autoridades.
Segundo a polícia, a escultura do vocalista de The Doors foi descoberta em Paris quando agentes realizavam uma investigação relacionada com fraude e crimes financeiros. Fotografias divulgadas agora pelas autoridades mostram que o busto ficou sem a parte da boca e do nariz.
Apesar disso, um representante do património de Morrison disse em declarações à Rolling Stone que estava "feliz por ouvir a notícia" que o "pedaço da história" havia sido encontrado. À revista, lembrou ainda que a família do cantor queria este busto junto ao túmulo e que era "gratificante ver que foi recuperado".
Resta agora saber se a mesma será agora devolvida ao cemitério Père-Lachaise, onde se encontram figuras emblemáticas como Edith Piaf ou Oscar Wilde. "A polícia ainda não nos contactou, por isso, não sei se o busto nos será devolvido", disse ao jornal francês Le Figaro o curador do cemitério Père-Lachaise, Benoît Gallot.
Feito em mármore branco, o busto foi esculpido em 1981 pelo artista croata Mladen Mikulin, com o intuito de marcar o 10º aniversário da morte do cantor, mas o mesmo acabou por desaparecer em maio de 1988, sete anos depois de ter sido erguido no local. Quase quatro décadas depois, foi finalmente descoberto.
Esta não é, no entanto, a primeira vez que o túmulo do cantor é motivo de controvérsias. No ano em que se assinalou o 20º aniversário da sua morte, fãs revoltaram-se e tiveram de ser afastados pela polícia.
Jim Morrison, morava no bairro de Marais, em Paris, quando morreu repentinamente aos 27 anos. Foi encontrado morto pela sua namorada, Pamela Courson, na banheira. Na altura, um médico indicou que a causa de morte foi insuficiência cardíaca agravada pelo consumo excessivo de álcool.
