O "biopic" é um animal luminoso difícil de domar. O realizador João Jardim, um dos autores do originalíssimo "Lixo Extraordinário" (2010), tomou, aparentemente, as opções correctas: concentração de tempo (relatam-se os últimos dias do derradeiro mandato de Getúlio Vargas como presidente do Brasil), economia de espaço (80% da acção decorre no Palácio do Catete) e um conflito base – a luta política de Getúlio (Tony Ramos) contra boa parte dos militares e quase toda a imprensa da época, liderada pelo jornalista Carlos Lacerda (Alexandre Borges).