Em novembro chega às livrarias portuguesas Sonny Boy, o livro de memórias de Al Pacino, o ator que foi Michael Corleone, Serpico e Sonny Wortzik numa era dourada do cinema norte-americano. O livro será editado pela Editorial Presença.
Ao lado de Jack Nicholson e Robet deNiro e ao serviço de realizadores como Francis Ford Coppola ou Martin Scorcese, Pacino dominou o cinema durante quase uma década. Capaz de dar corpo à mais recatada das personagens (como quando foi o herdeiro da família Corleone) ou ao histriónico Tony Montana, em Scarface, é impossível pensar na "Nova Hollywood" sem pensar em Pacino.
"Escrevi Sonny Boy para expressar o que vi e passei na minha vida. Foi uma experiência incrivelmente pessoal e reveladora refletir sobre esta jornada e o que a atuação me permitiu fazer e os mundos que abriu", explicava um comunicado em agosto. A obra revisita a infância em Harlem e no Bronx e ascensão em Hollywood.
Num excerto publicado na revista norte-americana The New Yorker, Pacino lembra que as primeiras vezes que foi a uma sala de cinema foi pela mão da mãe, quando tinha "três ou quatro" anos. "Depois, eu lembrava as personagens na minha cabeça e trazia-as à vida, uma a uma, no nosso apartamento", conta o ator que morava com a progenitora num apartamento no sul do Bronx, em Nova Iorque, dividido com os avós de Al. "O cinema era o sítio onde a minha mãe solteira podia esconder-se no escuro e não ter de partilhar o seu Sonny Boy com mais ninguém", acrescenta ainda o veterano, lembrando ser essa a alcunha que a mãe arranjou para ele, vindo de uma canção de Al Jolson que costumava cantar.
Presença
Al Pacino tem oito nomeações para Óscar tendo vencido por Perfume de Mulher, filme em que interpreta o tenente-coronel Frank Slade. Aos 84 anos continua a atuar em filmes, tendo abrandado no ritmo de peças de teatro em que participa.
O livro já se encontra em pré-venda na Presença e começa a ser enviado a 20 de novembro. Tem um custo de €19,71. A tradução para português foi feita por João Cardoso e Pedro Elói Duarte.