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Crítica de cinema: Os Belos Dias de Aranjuez

Saiba porque é que o nosso crítico classificou o novo filme de Wim Wenders como "o elogio do tédio"

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Edição de 16 a 22 de setembro
Tiago Santos 25 de dezembro de 2016 às 08:00

O filme começa com um impressionanteAbandonado Dia de Paris: as ruas da capital francesa vazias de pessoas ao som deA Perfect Day, de Lou Reed, o 3D da câmara de Benoît Debie, o director de fotografia, a colocar o espectador naquela situação impossível, como se Wenders fizesse ali o elogio do silêncio, o contraponto às explosões e perseguições de carros e constante ruído que marcam algum do cinema contemporâneo que usa essa mesma tecnologia. É uma ideia interessante. Não precisava é de ser tão entediante. PorqueOs Belos Dias de Aranjuezdesloca-se depois para uma magnífica casa de campo onde, no jardim, um casal nos seus quarenta anos conversa sobre as primeiras experiências sexuais (ela, Sophie Semin) ou oferecem informações sobre a natureza que os rodeia e a origem dos nomes (ele, Reda Kateb). São personagens assumidamente fictícias, criadas por um escritor que, dentro da casa, luta contra a página em branco enquanto vai seleccionando canções numa magníficajukebox.

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