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Crítica de cinema: A mulher canhota

O filme é escrito e realizado por Peter Handke

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Edição de 5 a 11 de agosto
Tiago Santos 21 de fevereiro de 2017 às 11:00

AMulher Canhotaé escrito e realizado por Peter Handke, o recorrente colaborador e argumentista de Wenders, que aqui assume funções de produtor. O filme de 1978, quase uma década antes deAs Asas do Desejo, a obra-prima que também foi recentemente reposta nos cinemas, é uma adaptação que Handke faz do seu próprio romance, um olhar sobre a emancipação de uma tradutora (fantástica Edith Clever) que se separa do seu marido (um jovem Bruno Ganz), mesmo que isso implique enfrentar uma imensa solidão, lidar com as pressões dos que a rodeiam e aturar as provocações e os jogos infantis do filho. Não tive oportunidade de ver a cópia restaurada que será exibida nas salas, mas o meu problema (e é uma questão de gosto pessoal) é mesmo com o tom e o estilo do texto de Handke: há um lado teatral e inorgânico - exemplificado com o facto de Marianne não dizer uma palavra durante os primeiros 15 minutos, o que apenas serve para Handke marcar uma posição -, com diálogos não provocados e filosóficos que funcionarão depois em pensamentos ou pela boca de anjos que nos observam à distância. Vindo de humanos, tornam-se frios como metal.

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