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Crítica de cinema: Hostis

Leia a crítica de Tiago R. Santos sobre "Hostis", o western de Scott Cooper

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Edição de 16 a 22 de setembro
Tiago Santos 25 de março de 2018 às 09:00

Pede-se a qualquer cinéfilo para dar o exemplo de umwesterne, em 99% dos casos, a resposta seráA Desaparecida, o clássico de 1956 assinado por John Ford. Se perguntarem por algum título mais recente, a referência éImperdoável, realizado por Clint Eastwood em 1992. Dois filmes que servem de evidente inspiração a Scott Cooper (Crazy Heart, Black Mass - Jogo Sujo) emHostis: o Capitão Joseph J. Blocker, interpretado com a habitual intensidade por Christian Bale, não é John Wayne nem Eastwood mas carrega em si, desde o início, as marcas de quem dedicou a sua vida à violência. Mas se antes a melancolia e a depressão eram consequências, agora são pontos de partida e Scott Cooper utiliza esse tom quase fúnebre como afirmação de seriedade. Blocker é obrigado a escoltar um velho e temível inimigo - o Chefe Yellow Hawk, que tem cancro - para que este morra em casa eHostisparece criar o interessante cenário de dois opostos numa aproximação forçada: os invasores e os invadidos; os soldados e os "selvagens".

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