Participando no centenário das "visões privadas" de Fátima (como a Igreja as considera), o MNAA, através de excelentes colecções (sobretudo a do Museu do Vaticano, embora nos apareça aqui um Tintoretto do Mosteiro de Singeverga, em Santo Tirso), entra no labirinto mariano. Complexo e vasto, pois já o cardeal Ravasi escrevia que os ícones marianos remontam a fontes não pintadas e apenas descritas na Bíblia. Mas as artes visuais sempre recriaram a figura - e por isso podemos começar esta extraordinária exposição, simultaneamente, com um fragmento de um sarcófago,Epifania e Visão de Ezequiel(século IV) e um visionário (pela cor, paisagem e figuras)Crucifixo, de Chagall.