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Bordalo II e a acusação de plágio: "O Monopólio já foi inspiração para inúmeros artistas"

Equipa do artista respondeu à SÁBADO sobre a mais recente polémica. Apesar de não referir a palavra plágio nem o negar taxativamente, lembra que artistas como Bansky têm obras semelhantes.

Luana Augusto 09 de maio de 2025 às 10:16
Instagram/Bordalo II

Depois de Bordalo II ter sido acusado nas redes sociais de terplagiado uma obra de arteda portuguesa Mafalda, a equipa do artista respondeu àSÁBADOsobre o caso.

Apesar de não ter abordado diretamente a possível inspiração do artista na obra de Mafalda, a equipa garantiu que o Monopólio foi a única fonte de inspiração de Bordalo. Além disso, garantiu que existem obras semelhantes de outros artistas.

"O jogo do Monopólio já foi inspiração para inúmeros artistas ao longo dos anos, incluindo Banksy, numa peça de 2012", começou por lembrar a equipa de Bordalo II.

Intitulada de Occupy London, a obra de Bansky foi exibida durante uma noite de 2012 em frente à Catedral de St. Paul, em Londres, num acampamento do movimento Occupy Wall Street, que na altura protestava contra a disparidade económica e a desigualdade na distribuição de rendimentos.

A obra era nada mais nada menos do que um tabuleiro gigante do Monopólio onde a mascote do jogo - o tio Moneybags - implorava por dinheiro ao lado do que parecia ser uma representação visual de um ativo tóxico. A peça de arte acabou, no entanto, na altura, vandalizada e retirada do local.

Segundo a equipa de Bordalo, a Provoc, como o artista português de 38 anos apelidou a sua obra, trata-se então de uma "réplica fiel em grande escala e tridimensional do jogo original, construída com materiais reutilizados - como é habitual no seu trabalho".

"[Isto] é o que a torna distinta no conceito, forma e execução de qualquer outra interpretação do mesmo jogo", concluiu a equipa.

A obra Provoc de Bordalo está a ser comparada a uma outra de uma artista portuguesa, intitulada de Lisbonopoly: O Jogo da Crise Habitacional. Visualmente semelhantes, partilham da mesmo objetivo: criticar a crise habitacional.

"As nossas cidades estão a ser convertidas em grandes tabuleiros de jogo. O direito à habitação, presente na Constituição, está agora à mercê da sorte ou do azar. Alguns jogadores trocam casas por hotéis, uns hipotecam os imóveis à banca, outros são a banca - mas neste jogo, nem todos começam com a mesma quantia e poucos recebem ao passar pela casa de partida", escreveu o português na sua rede social do Instagram.

Contactada agora pela SÁBADO sobre estas semelhanças, Mafalda - que alguns utilizadores das redes sociais dizem ter sido plagiada - preferiu não comentar.

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