António Manuel Ribeiro: "As minissaias davam cabo de mim"
Foi deputado municipal pelo PSD, mas apoia Manuel Alegre nas eleições presidenciais. Editou um livro com a obra poética dos UHF e prepara-se para regressar aos Coliseus de Lisboa e do Porto. Aos 51 anos, está mais caseiro, mas longe da reforma. Uma mulher do Norte matou-o com o olhar.
Foi deputado municipal pelo PSD, mas apoia Manuel Alegre nas eleições presidenciais. Editou um livro com a obra poética dos UHF e prepara-se para regressar aos Coliseus de Lisboa e do Porto. Aos 51 anos, está mais caseiro, mas longe da reforma. Uma mulher do Norte matou-o com o olhar.
A idade tem destas coisas: acalma as pessoas. Mesmo quando se é uma estrela dorock. Vinte e três discos e muitas aventuras depois, António Manuel Ribeiro ilustra bem esta teoria. Ainda que a passagem do tempo não o tenha transfigurado, tudo à sua volta indica que está longe de ser o mesmo homem que derrapou demasiado no álcool, enganou as mulheres e caiu muitas vezes no pecado. Na vivenda da Charneca da Caparica, afastado da confusão da Rua do Carmo, o precursor dorockportuguês é hoje um homem recatado. Construiu em casa o seu próprio mundo, na companhia de um pastor alemão, três gatos, árvores de fruto e um conjunto de plantas. Uma "travessia do deserto" encheu-o de forças. Pelo caminho, apaixonou-se por uma empresária do Norte, dedicou-se à escrita e voltou à música com a gana dos primeiros anos.
António Manuel Ribeiro: "As minissaias davam cabo de mim"
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