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Auchan Portugal diz ter investido €10 milhões na melhoria das condições salariais

Lusa 14 de agosto de 2025 às 14:21

Os trabalhadores dos armazéns da Auchan em Vialonga, Torres Novas e Valongo estão hoje em greve, reivindicando um aumento salarial de, pelo menos, 15%.

A Auchan Retail Portugal assegurou esta quinta-feira à Lusa ter investido 10 milhões de euros, este ano, na melhoria das condições laborais e salariais dos seus trabalhadores, sublinhando que o salário médio nos armazéns é de 1.275 euros.
Auchan investiu 10 milhões de euros em salários, apesar da greve nos armazéns João Cortesão/ Medialivre
Os trabalhadores dos armazéns da Auchan em Vialonga, Torres Novas e Valongo estão hoje em greve, reivindicando um aumento salarial de, pelo menos, 15%. "À semelhança do ano de 2024, a Auchan investiu 10 milhões de euros em 2025 na revisão das condições salariais, garantindo que o salário base mínimo de entrada na empresa está 25 euros acima do salário mínimo nacional", defendeu fonte oficial da Auchan Retail Portugal, em resposta à Lusa. Segundo a empresa, atualmente, o salário de entrada é de 895 euros e a remuneração média dos colaboradores dos armazéns é de 1.275 euros, aos quais acresce "um conjunto de benefícios, como descontos em compras e seguro de saúde que abrange todo o agregado familiar". A Auchan sublinhou ainda que todos os colaboradores são acionistas da empresa e que, no ano passado, distribuiu 4,6 milhões de euros dos seus resultados por estes. Desde 2013, a Auchan distribuiu mais de 140 milhões de euros dos seus lucros pelos trabalhadores acionistas. Os trabalhadores exigem um aumento salarial de, pelo menos, 15%, com um mínimo de 150 euros, que o salário de entrada na empresa seja fixado em 1.000 euros, com retroativos a janeiro, e um subsídio de refeição de 10 euros ao dia. Por outro lado, reivindicam a valorização das carreiras profissionais, a atribuição de fardamento em quantidade suficiente e adequada e a melhoria das condições de trabalho nos congelados. Em declarações à Lusa, Catarina Fachadas do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) adiantou, na quarta-feira, que cada um destes armazéns tem entre 200 e 250 trabalhadores e lamentou que a empresa ainda não tenha dado resposta ao caderno reivindicativo. A Auchan tem ainda um armazém em Vila Nova da Rainha, cuja logística está a cargo da DHL. Já nos armazéns em greve a logística cabe aos trabalhadores da Auchan, mas também se recorre ao 'outsourcing' (contratação de serviços a outra empresa).
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