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Ministro da Saúde diz que "não faz nenhum sentido" pronunciar-se sobre demissões na Guarda

12 de outubro de 2018 às 14:32

O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse hoje que "não faz nenhum sentido" pronunciar-se sobre as recentes demissões na Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda.

Oministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, disse hoje que "não faz nenhum sentido" pronunciar-se sobre as recentes demissões naUnidade Local de Saúde (ULS) da Guarda.

Em Setembro, o Hospital Sousa Martins, da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, teve três pedidos de demissão de coordenadores de áreas de gestão integrada (blocos operatórios e da área cirúrgica).

Confrontado hoje com o assunto, durante uma visita à ULS, Adalberto Campos Fernandes disse que "não faz nenhum sentido o ministro da Saúde, nem sequer o presidente da ARS, estarem a comentar questões que são da intendência das instituições".

"Em todo o sistema de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) existem, como sabem, 130 mil profissionais, mais do que isso, e existem questões que têm a ver com o funcionamento normal das equipas", disse.

E acrescentou: "São centenas de equipas, são milhares de profissionais. Faz algum sentido o ministro da Saúde estar a intrometer-se em questões que são da intendência administrava local?".

O titular da pasta da Saúde disse ainda que nem conhece as razões da demissão dos três coordenadores, mas que para isso existe o Conselho de Administração da ULS da Guarda.

Admitiu que "são questões que são relevantes do ponto de vista institucional" e que lhe foi dito que "se trata de assuntos correntes, de serviço interno", e que o Conselho de Administração "está é para isso, é para resolver".

A ULS da Guarda referiu, em comunicado enviado à agência Lusa, após deputados do CDS-PP terem apresentado uma pergunta ao Governo sobre a situação naquela unidade, que "não houve pedido de demissão de nenhum director de serviços clínicos".

Segundo a fonte, verificou-se o "pedido de demissão de coordenadores de áreas de gestão integrada (blocos operatórios e da área cirúrgica), profissionais estes escolhidos e nomeados pelo atual Conselho de Administração (CA) para melhorar a articulação entre serviços clínicos, e ainda de uma das duas coordenadoras da Unidade de Cirurgia de Ambulatório".

"Os dois primeiros resultaram de constrangimentos decorrentes da implementação de novas regras internas conducentes a um maior rigor na gestão dos materiais cirúrgicos e da resistência de aceitação das mesmas por alguns dos pares. A coordenadora da área cirúrgica manifestou, no entanto, a sua disponibilidade para continuar as suas funções como Adjunta da Direcção Clínica", esclareceu.

A coordenadora da Unidade de Cirurgia de Ambulatório "apresentou o seu pedido de demissão por excesso de trabalho associado a esse cargo, que exerce em acumulação e sem prejuízo da sua actividade clínica", indicava a mesma nota.

"Ninguém manifestou querer sair por ruptura com o actual CA e todos se prontificaram em continuar a colaborar com o mesmo", garantiu a ULS/Guarda.

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