Os novos recordes do ouro
Rússia e China substituíram a Europa na corrida ao metal dourado. Em Londres, há filas de semanas para o retirar de cofres subterrâneos - à boleia da incerteza dos mercados.
Rússia e China substituíram a Europa na corrida ao metal dourado. Em Londres, há filas de semanas para o retirar de cofres subterrâneos - à boleia da incerteza dos mercados.
As principais bolsas europeias estão a negociar em terreno negativo, um tendência partilhada pelo petróleo e pelo euro. Os juros da dívida portuguesa a dez anos sobem ligeiramente.
A grande maioria das principais praças europeias encerrou esta quinta-feira em queda, com o PSI-20 a escapar à tendência. Mas esta foi também uma sessão negativa para o petróleo, enquanto os juros da dívida fecharam em queda.
A procura de ouro no início de 2016 foi a mais elevada de sempre num primeiro trimestre, revela o relatório do World Gold Council. A procura de refúgio mais que duplicou, levando os fundos a inverter a tendência negativa.
As bolsas europeias regressaram às quedas, pressionadas pela banca. Os juros da dívida portuguesa dispararam para os 4%. O petróleo cai e os investidores procuram refúgio no ouro e iene.
As fortes quedas nos mercados accionistas estão a impulsionar a procura de refúgio pelos investidores. O ouro está a subir mais de 3% para o valor mais elevado num ano. Ultrapassou os 1.200 dólares por onça.
A preferência dos investidores por activos de maior risco e o recuo no consumo privado de ouro travaram a procura de ouro em 2015, revela o relatório do World Gold Council. Uma tendência que está a mudar este ano.
As bolsas europeias recuperaram, interrompendo um ciclo de sete sessões em queda, impulsionadas pela banca. Os juros da dívida soberana portuguesa e o prémio de risco face à Alemanha agravaram-se.
Portugal continua a figurar no "ranking" dos países com as reservas de ouro mais valiosas do mundo. É um dos países onde o metal precioso tem maior peso nas reservas monetárias.
Bolsas europeias em terreno negativo, assim como a moeda única europeia e o petróleo, num dia em que os investidores aguardam com expectativa o discurso da presidente da Reserva Federal norte-americana.
As barras de ouro que estão guardadas nos cofres do Banco de Portugal valem agora menos 4 mil milhões de euros do que no início do ano. Segundo o "Jornal de Notícias", Portugal detém quase 383 toneladas de ouro, as quais, à cotação actual do metal amarelo de 1.233 dólares (947,5 euros) a onça, valem 11,67 mil milhões de euros; no final do ano passado, as mesmas reservas estavam avaliadas em 15,6 mil milhões de euros.
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, prometeu esta quarta-feira "olhar" para a possibilidade de as reservas de ouro do Banco de Portugal serem usadas como colateral a emissão de dívida pública.
As reservas de ouro do Banco de Portugal (BdP) ascendem a 382,5 toneladas, e valem actualmente 16.300 milhões de euros, o equivalente a 7,5% da dívida pública.
Há quarenta anos que os bancos centrais do mundo não faziam tamanhas compras do metal preciso.