
Relvas descarta responsabilidades em projectos da Tecnoforma criticados por Bruxelas
Comissão Europeia defende que 6,7 milhões de euros deviam ser devolvidos, em relatório realizado em 2015.
Comissão Europeia defende que 6,7 milhões de euros deviam ser devolvidos, em relatório realizado em 2015.
Decisão final cabe à entidade que gere o Programa Operacional Potencial Humano.
O Ministério Público arquivou o processo contra a alegada utilização fraudulenta de fundos Tecnoforma, mas o gabinete anti-fraude da Comissão Europeia diz que houve mesmo fraude e quer a devolução de 6,7 milhões de euros, escreve o Público.
Antigo secretário de Estado negou qualquer tipo de favorecimento, mas até a sua ex-secretária pessoal confirmou
Depois de, em 2014, o DIAP de Coimbra ter arquivado o processo contra a Tecnoforma, agora foi a vez de o DCIAP optar por não deduzir qualquer acusação. Nunca houve arguidos no processo.
O serviço antifraude da União Europeia detectou a prática de ilegalidades no caso Tecnoforma, empresa que teve Passos Coelho como consultor e administrador. A notícia é avançada esta quinta-feira pelo jornal Público.
A campanha de comunicação do programa Foral, no valor de quase 450 mil euros, foi adjudicada em 2002 a uma empresa de publicidade detida exclusivamente por Agostinho Branquinho, antigo deputado do PSD e actual secretário de Estado da Segurança Social, noticiou nesta segunda-feira o "Público".
O primeiro-ministro português afirma não estar preocupado com a averiguação levada a cabo pelo organismo da União Europeia.
A Tecnoforma, onde Passos Coelho foi consultor e administrador, está a ser investigada pelo Gabinete da Luta Anti-fraude da União Europeia devido a alegadas irregularidades e fraude relacionados com fundos europeus.
António Silva, ex-director comercial da Tecnoforma, garantiu hoje à agência Lusa que "nunca" teve conhecimento de "qualquer influência política" de Pedro Passos Coelho nos negócios da empresa quando este era administrador e Miguel Relvas tutelava a formação nas autarquias.
O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, negou esta segunda-feira qualquer favorecimento à Tecnoforma, empresa na qual foi gestor e consultor, garantindo que nunca pediu favores na vida a ninguém, "nem de ordem política nem de ordem profissional".
Primeiro-ministro lembra que foi gestor da empresa nos Governos de Guterres e Sócrates.
O jornal "Público" noticia uma investigação feita aos contratos celebrados entre a Tecnoforma e o Estado português. O período de maior sucesso da empresa deu-se enquanto Passos Coelho era seu consultor e Miguel Relvas responsável por um programa de formação financiado pelo Estado e UE.
A Tecnoforma, uma empresa de que o primeiro-ministro foi administrador até Agosto deste ano, foi a grande beneficiada por uma linha de crédito da responsabilidade de Miguel Relvas entre os anos de 2002 e 2004.