Naquele que é o maior protesto desde o início das manifestações há um mês, os agricultores exigiram também a renegociação da Política Agrícola Comum da União Europeia, que, defendem, reduz consideravelmente os seus rendimentos.
Entre as propostas destaca-se a flexibilização de regras da Política Agrícola Comum, e a simplificação de procedimentos e diminuição de burocracia.
O protesto decorre um dia depois de o Governo ter anunciado um pacote de mais de 400 milhões de euros, destinado a mitigar o impacto provocado pela seca e a reforçar o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum.
Comissão Europeia está em contacto com as autoridades nacionais e regionais portuguesas para analisar possíveis apoios.
Jovem ativista sueca criticou a nova Política Agrícola Comum, aprovada na sexta-feira pelo Parlamento Europeu, que considera apoiar a destruição ecológica "com quase 400 mil milhões de euros".
Emmanuel Macron apelou a uma "reinvenção" da Política Agrícola Comum (PAC) para defender a "soberania alimentar, ambiental e industrial" da Europa, na abertura de uma feira agrícola em Paris.
Luís Medeiros Vieira afirmou que Portugal, Espanha e França "mantêm uma posição unânime em defesa da manutenção do orçamento da Política Agrícola Comum no quadro nas negociações".
António Costa admite que Portugal possa vir a contribuir mais para o orçamento comunitário, mas quer contrapartidas ao nível da coesão, nomeadamente no que toca aos fundos para a agricultura, recusando cortes nos apoios ao desenvolvimento rural
Está previsto uma ligeira subida no pagamento directo aos agricultores, segunda a proposta apresenta em Bruxelas.
Prevista ligeira subida nos pagamentos diretos aos agricultores.
"Esta nova proposta é muito melhor do que a proposta anterior. A proposta anterior previa eventuais cortes muito superiores àquele de que se fala agora, que é de 7%", afirmou o Presidente da República.
Berlim e Paris mostraram apreensão em relação à proposta orçamental apresentada pela Comissão Europeia, mas por motivos diferentes. Enquanto a Alemanha salienta a necessidade de uma distribuição mais justa das contribuições nacionais para o orçamento, a França critica os cortes propostos para a PAC.
O primeiro-ministro sublinhou hoje que deverá aumentar a contribuição dos Estados-membros para o orçamento da União Europeia, nomeadamente pela tributação da economia digital, da economia do carbono ou das transacções financeiras.
Depois de admitir o recuo face à proposta inicial, Capoulas Santos garante que "o Governo tem estado totalmente disponível" para flexibilizar posições em relação à reforma florestal. O ministro vem de Bruxelas com antecipação de 400 milhões destinados a apoiar agricultores afectados pela seca.
Proteccionismo, preocupações com a defesa e migrações e questões orçamentais vão implicar uma justificação e selecção dos instrumentos de apoio à agricultura.
Na mira dos manifestantes estiveram ainda a Política Agrícola Comum e o novo Programa de Desenvolvimento Regional.
