
BPN deve cinco mil milhões ao Estado
As duas empresas públicas "herdeiras" do BPN já receberam cerca de 5,2 mil milhões de euros de empréstimos do Estado para manter a sua atividade.
As duas empresas públicas "herdeiras" do BPN já receberam cerca de 5,2 mil milhões de euros de empréstimos do Estado para manter a sua atividade.
O valor do caso BPN ainda pode chegar aos €10 mil milhões, mas ainda assim Oliveira Costa pôde viver na sua casa de luxo sem cumprir um dia de prisão
Os quadros da pintora, atualmente em depósito na Fundação Arpad Szenes, irão manter-se naquela instituição apesar de o acervo do antigo banco, agora integrado na Coleção do Estado, ir para Coimbra.
O Tribunal de Contas alerta ainda que os custos poderão subir porque as três sociedades-veículo apresentaram no final de 2018 capitais próprios negativos.
Os bancos que dirigiam tiveram prejuízos de muitos milhões de euros. Os cinco foram alvo de processos judiciais, acusados e alguns deles condenados - mas nenhum chegou a cumprir pena.
Leilão das obras chegou a ter data marcada por duas vezes.
Desde a nacionalização daquela instituição bancária, em 2008, que cerca de 200 obras de arte continuam sem destino, à espera de uma decisão do Governo.
As 85 obras de Joan Miró estiveram na posse da Parups e Parvalorem para gerir os ativos e recuperar os créditos do ex-BPN, nacionalizado em 2008.
A Parpública passou a deter 44,12% do capital social da distribuidora de papel Inapa, o que segundo os estatutos da sociedade lhe confere 33,33% da totalidade dos direitos de voto.
O Tribunal de Contas soma os encargos já suportados e aqueles que poderá sentir e chega a 5.811 milhões de euros
Um total de 4.095 milhões de euros negativos: É este o saldo obtido pelo Estado com a nacionalização do BPN e o funcionamento das entidades estatais suas herdeiras. Mas a factura ainda irá crescer.
A Parvalorem foi alvo de uma auditoria da Inspecção-Geral das Finanças, que o DN e o Público referem ser crítica da sua actuação. Erros nas aquisições de bens e recuperações de créditos são apontados.
A Parvalorem, a Parups e a Parparticipadas registaram capitais próprios negativos de 4,9 mil milhões de euros no final do ano. Um agravamento de cerca de 250 milhões de euros face ao ano passado.
Depois de não ter conseguido alienar ao angolano BIC, a sociedade estatal Parparticipadas, herdeira do banco nacionalizado, conseguiu vender o BPN Brasil à brasileira Crefipar. Restam três sociedades do BPN por solucionar.
O custo acumulado da nacionalização do BPN para o Estado no final de 2016 ultrapassava os 3,66 mil milhões de euros
Parvalorem e Parups chegaram a acordo com a leiloeira Christie's para revogar o contrato de venda em leilão da colecção de 85 obras do pintor Joan Miró