O segundo maior fabricante japonês do setor e membro da aliança com a Renault e a Mitsubishi reviu em baixa as previsões de receitas e lucros operacionais para o exercício financeiro de 2024.
A ação contra Carole Ghosn surge na sequência da fuga do marido para o Líbano há uma semana após ser libertado sob fiança, enquanto aguardava julgamento.
Ghosn está acusado de ter ocultado remunerações negociadas com a Nissan e de ter usado os fundos da companhia para cobrir gastos pesssoais e perdas financeiras.
Houve outros executivos da Nissan Motor que receberam mais do que deviam além de Carlos Ghosn, de acordo com fontes próximas do processo. A notícia chega no mesmo dia em que o atual CEO da fabricante automóvel assumiu que recebeu dinheiro a mais, rejeitando comportamentos errados.
Procuradores do Ministério Público japonês adiantaram que dinheiro terá sido desviado de uma subsidiária da Nissan por Carlos Ghosn.
A filha mais velha de Ghosn, Caroline, formou-se em Stanford em 2008, seguida pelas filhas Nadine e Maya em 2011 e 2013, respetivamente, e pelo filho Anthony em 2015.
Nova estrutura basear-se-á num "equilíbrio total" entre as três fabricantes.
A aposta de Carlos Ghosn numa nova equipa de advogados deu frutos. Graças a um advogado conseguiu a sua libertação sob fiança após mais de 100 dias numa prisão em Tóquio.
O ex-presidente da Nissan, preso preventivamente em Tóquio por alegadas irregularidades financeiras, foi libertado após o pagamento de uma fiança.
O uso por parte de Carlos Ghosn do Palácio de Versalhes para festas pessoais intensificou o escrutínio sobre o seu comportamento enquanto executivo da Renault.
O Fórum Económico Mundial em Davos deste ano também dará visibilidade à humilhação pública de alguns de seus maiores defensores. Dezenas de executivos do passado e do presente sofreram acusações como assédio sexual, má gestão e má conduta financeira.
O Tribunal Distrital de Tóquio informou afirmou ter aceitado o pedido dos procuradores do Ministério Público acerca do ex-presidente da Nissan.
Ghosn juntamente com outro executivo, Greg Kelly, foi detido a 19 de Novembro.
O tribunal decidiu manter Carlos Goshn detido até 11 de Janeiro, enquanto a acusação procura mais provas e decide se acusa o ex-líder da Nissan de violação de confiança agravada.
Em causa está a mais recente acusação, que aponta Carlos Ghosn de suposta violação de confiança agravada que terá resultado em perdas 14,5 milhões de euros em 2008 à Nissan.
Ghosn que, com outro executivo, Greg Kelly, foi detido a 19 de Novembro, deverá permanecer sob custódia das autoridades de Tóquio pelo menos até o dia de Ano Novo.
