A prioridade do Bankinter em Portugal é assegurar a rentabilidade. Por isso, o grupo não espera crescimento inorgânico, nem admite investir noutros países. Dolores Dancausa deixa elogios ao país e diz que é um exemplo para a Europa.
O Bankinter registou um crescimento de 20% do lucro em 2017 mas, incluindo Portugal, o avanço é de 1%. No ano passado, a actividade nacional registou ganhos extraordinários. Portugal, que registou um crescimento dos créditos e uma quebra dos depósitos, conta para 7% do negócio do grupo espanhol.
Os resultados extraordinários do ano passado, ano em que o Bankinter comprou a operação de retalho do Barclays em Portugal, dificultam a comparação com as contas deste ano. A operação nacional gerou lucro de 18 milhões.
Após a saída de Carlos Brandão para o Novo Banco, o Bankinter optou por manter à frente da unidade portuguesa um elemento absorvido aquando da compra do Barclays. Alberto Ramos é o novo director-geral.
Depois de comprar o Barclays, mas deixando de fora o Barclaycard, o Bankinter entra no segmento de crédito ao consumo em Portugal. Para já, vai gerir os cartões de clientes do banco; depois, abre-se a clientes de outras instituições.
María Dolores Dancausa mostra-se orgulhosa de estar em Portugal e defende que empresas, mesmo de origens diferentes, respondem às mesmas normas.
María Dolores Dancausa reitera que não há interesse no Novo Banco. Comprou o Barclays mas as oportunidades de adquirir a unidade de crédito "são mínimas". O banco não tem receio de Portugal.
O Bankinter alcançou um lucro de 299,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, em linha com o estimado. A margem financeira aumentou e o crédito malparado desceu. O rácio de capital deteriorou-se no período.
O nome de Barclays deverá sair das 84 agências em Portugal envolvidas nesta operação, para absorver a denominação Bankinter. Ainda não há, no entanto, uma denominação final escolhida.
