Sábado – Pense por si

O cantinho do Tovar

6 de Agosto (1980) Fim do Verão quente no Porto

Perdido o tricampeonato em 1980, para o Sporting, o FC Porto renova o balneário mas não o faz da maneira mais sensata. As declarações da dupla Pinto da Costa (director do departamento de futebol) e José Maria Pedroto (treinador) em relação á força do poder dos clubes de Lisboa não são bem aceites por Américo de Sá, presidente da instituição que recusa discursos inflamados de escárnio e mal-dizer. A partir do momento em que Américo de Sá demite Pinto da Costa, instala-se a confusão no Porto. Segue-se a saída de Pedroto

Faça a mala e fuja!

Depois de um final de época atribulado (1981/82 em Guimarães) devido a duas ou três recidivas de uma rotura muscular no adutor direito, José Maria Pedroto, de partida para o FC Porto, mandou-me de férias mais cedo, para recuperar a tempo de iniciar a época seguinte em perfeitas condições.

Jorge Jesus: Sporting/Benfica

Vou fazer aqui o meu registo de preferências por clubes de futebol em Portugal. Durante a áurea de Eusébio acompanhei com muito interesse o Benfica, mais tarde o FC Porto com José Maria Pedroto, Artur Jorge e a ascensão de Pinto da Costa, mas nunca deixei de ter simpatia pelo Sporting equipa de "meninos da linha" e de betinhos com gente de bem mas que raramente consegue impor-se em campeonatos e vitórias. Sempre apreciei a Académica dos velhos tempos com a maioria de jogadores com frequência universitária.

Morreu antigo avançado Ricardo

Ricardo fez 15 golos pelo FC Porto em 93 jogos e acarreta ainda curiosidade de ter sido treinador por José Maria Pedroto...

Pedroto faria hoje 85 anos

José Maria Pedroto nasceu no dia 21 de outubro de 1928 e notabilizou-se sobretudo no comando de FC Porto, V. Setúbal e Boavista, tendo sido também selecionador nacional...

A velha ponte

Ficou na história a tirada provocatória de José Maria Pedroto, que atribuía à ponte da Arrábida uma portagem para a derrota sempre que o Porto a atravessava a caminho de Lisboa. A tendência para inclinar o poder decisório para a capital, insinuando que o mérito apenas dependia dos favores arbitrais, consubstanciava uma ótima razão para as incapacidades próprias para contrariar a qualidade dos rivais de Lisboa.

Herança que perdura

Quando se fala na qualidade do treinador português, reconhece-se a existência de uma marca distintiva. A capacidade de liderar e ensinar, a competência técnica, o elevado conhecimento do jogo, a frontalidade do discurso e o bom relacionamento com os atletas traçam, de uma forma geral, o perfil dos técnicos nacionais. É uma forma de estar no futebol que tem sido cada vez mais aprimorada e que surge, na minha opinião, de um legado deixado por um Mestre: José Maria Pedroto.

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