Fator humano e as qualidades de boa liderança política
Como parece demonstrar os resultados das recentes eleições legislativas em Portugal, os fatores humanos pesaram mais do que os ideológicos e económicos.
Como parece demonstrar os resultados das recentes eleições legislativas em Portugal, os fatores humanos pesaram mais do que os ideológicos e económicos.
Os banqueiros foram incompetentes e imprudentes, mas foram os políticos que não corrigiram os desequilíbrios que não podiam desconhecer e que se serviram dos recursos dos bancos para encobrir os erros de política económica e de modelo de desenvolvimento.
Em termos políticos, o fim de época é também um tempo de incerteza generalizada, no qual um erro de cálculo sobre o que são os pontos fortes e fracos de cada parte já não tem margem de recuo.
Não se faça da União Europeia o que ela não é porque isso só serve para não se aprofundar o que ela é: uma plataforma de políticas comuns, supranacionais, que responde a desafios que nenhum dos Estados europeus pode enfrentar.
Afinal, verifica-se que são sempre os mesmos, que continuam há demasiado tempo, sem mostrarem arrependimento ou vontade de aprender. Não se pode esperar que repetindo o mesmo com os mesmos se obtenham resultados diferentes.
O que foi o Novo Mundo das descobertas e da expansão europeia é agora a origem de um mundo novo que deixa a Europa sem a garantia da Aliança Atlântica e sem tempo para passar da promessa à realidade económica e militar da integração europeia.
O que se sabe do passado pode ser útil como indicação negativa do que não se deve fazer para não o repetir no que só poderia ser uma farsa quando já não há condições para a sua repetição.
O interesse analítico do caso da CGD está no facto de ter existido e operado em diferentes regimes políticos, sempre com uma escala que lhe assegurava uma posição de relevância na economia portuguesa.
A escala do nacionalismo na Europa é hoje a União Europeia, porque a alternativa é a fragmentação que conduz à dependência e à subordinação neo-colonial a um qualquer império que se constitua fora da Europa.
O centro político existe e é onde está a maior concentração do eleitorado, mas movimenta-se muito depressa, para a direita e para a esquerda, para dentro e para fora, não fica muito tempo no mesmo sítio.
Trump exerce o seu poder instável e incoerente na escala mundial, o que significa que se está no caminho estratégico que conduz ao desastre.
Quando conquistam o poder, não conseguem exercer o poder que conquistaram, e a sociedade fica sem partidos - mas usa coletes amarelos que sinalizam o acidente.
É impossível que os dirigentes políticos europeus não saibam que o mundo mudou. O problema é que os responsáveis políticos europeus sabem que os eleitorados europeus não querem aceitar as implicações dessa transformação.
O ex-primeiro-ministro juntou-se ao deputado do CDS Adolfo Mesquita Nunes para uma conversa organizada pelo Movimento Europa e Liberdade.
Polícias foram hospitalizados com vários ferimentos, no Barreiro.
A crise terminal de um regime político ocorre quando as entidades que integram esse sistema político perdem o seu poder de regeneração e conservam apenas o seu poder de reprodução das suas relações de dominação - o poder político reproduz-se e não muda, repete e não inova nem corrige.