As crises acontecem sem hora marcada, mas os sinais de que algo vai mal existem e persistem sem que as mudanças estruturais sejam efectivamente assumidas pelos agentes económicos e políticos. Há um grande problema de "governance" em Portugal.
Segundo o Público, o valor aplicado em contas com estes montantes subiu 12% (quase 7 mil milhões de euros) para mais de 65 mil milhões de euros em Junho do ano passado.
Portugal está cheio de grupos instalados que nos impedem de crescer. Esses grupos que controlam a política e a comunicação social são os funcionários públicos e os reformados, considera o economista João César das Neves, em entrevista ao jornal i.
Num artigo de opinião publicado no Diário de Notícias, o economista João César das Neves diz que o mundo foi ferido em Paris por uma brutalidade inaceitável, mas assinala que a liberdade de expressão não é absoluta e tem limites.
No seu habitual artigo de opinião no Diário de Notícias à segunda-feira, João César das Neves defende que "quando a banca se recusa a vender", algo que caracteriza como "monos" que estão nos balanços, "para não assumir perdas, que são evidentes, ela surge como sabotadora da economia que devia servir".
O economista João César das Neves usou terminologia médica para se referir à austeridade. "O problema não é a quimioterapia, é o cancro", disse esta manhã numa conferência.
João César das Neves considera que as manifestações, as greves e a contestação que tem havido em Portugal não têm como objectivo defender os mais pobres, mas sim as "classes acima".
Economista defende que os grupos instalados não permitem a nenhum governo fazer a verdadeira reforma do Estado.
João César das Neves diz que o crescimento da economia no segundo trimestre é "interessantes e muito inesperado". Veja o vídeo com a análise aos números do PIB no segundo trimestre.
"Quem protesta não são os mais atingidos, mas os mais influentes". São eles que forçam o Governo a cortar "não onde deve, mas onde pode". "E o local mais fácil, pela falta de influência, são os pobres", escreve João César das Neves.
João César das Neves diz que em Portugal há um grande "mal-entendido" sobre o que pode fazer o Estado para promover o crescimento económico. "O Estado tem um papel decisivo na sociedade, mas não é fazer crescimento, ter bebés ou marcar golos".
O economista João César das Neves considera que os "funcionários públicos não ganham muito, são é muitos", e que o país deve reduzir, de uma vez por todas, o peso da máquina do Estado.
Os funcionários públicos em Portugal "não ganham muito", mas são "muitos", afirmou esta quarta-feira o economista e professor na Universidade Católica João César das Neves.
João César das Neves considera que o Governo fez "um mau Orçamento do Estado", fruto das circunstâncias em que o País se encontra. "Já não há bons orçamentos", defende numa entrevista 'CM', que neste sábado é publicada na integra.
"Replicou-lhe Jesus: Em verdade te digo que, nesta mesma noite, antes que o galo cante, tu me negarás três vezes". Calma. Não se deixem enganar. Não estou possuído pelo espírito do "abominável" João César das Neves.
