
Violas: a fortuna do amigo de Montenegro
O primeiro Manuel perdeu o pai e os dois irmãos aos 3 anos. Fez-se rico com cordas e casinos, passou a liderança ao filho mais esperado – e polémico.
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Hoje é a data-limite de uma das propostas apresentadas para a compra do banco: a do fundo norte-americano Lone Star
Banco de Portugal tem de decidir entre fundo e consórcio norte-americanos. China Minsheng está fora da corrida por falta de garantias financeiras
A entrevista de Tiago Violas está a ter forte impacto nas acções do BPI, que apesar de negociarem em forte alta persistem abaixo do preço da OPA dos espanhóis do CaixaBank.
A bolsa de Lisboa começou a semana em alta, em linha com as principais congéneres europeias. Na praça nacional, destaque para as acções do BPI, que disparam mais de 5%.
A convocatória para a assembleia de 21 de Setembro foi feita por Abel Reis, do conselho fiscal. Mas a ordem da votação das propostas definida por Castro Osório, cuja eleição é contestada em tribunal pelo grupo Violas, continua a mesma.
As duas providências do Grupo Violas contra o BPI continuam a atrasar as decisões sobre o futuro do BPI. Ambas têm argumentos que têm de ser analisados pelo tribunal: a primeira usa Lobo Xavier; a segunda o diploma do Governo.
O impasse na definição accionista do BPI deve-se ao calendário judicial: há duas providências cautelares interpostas pelo grupo Violas, a que o banco se opõe, mas que não foram decididas. Sem decisão judicial, não pode haver deliberação dos accionistas do banco. E o futuro fica mais distante.
O bloqueio no processo de desblindagem do BPI ou a OPA do CaixaBank "não perturbou a gestão do banco", garante Fernando Ulrich. O banqueiro recusa dizer se foram tomadas medidas contra o administrador que terá violado o sigilo do conselho da instituição.
A empresária angolana não se associou à posição da holding Violas Ferreira de contestar a iniciativa da administração para acabar com o limite de votos no banco
A segunda maior accionista do BPI absteve-se na decisão que suspendeu a assembleia-geral do banco até 6 de Setembro. Isabel dos Santos acredita que os accionistas do BPI ganharam 45 dias para encontrarem uma solução para a instituição.
"Todos falaram contra a desblindagem, a começar pelo Violas", revelou ao Negócios um pequeno accionista do BPI, no intervalo da reunião-magna do banco, que recomeçou há pouco, em Serralves, no Porto.
As empresas argumentam que sem a desblindagem na assembleia-geral de dia 22 "será improvável que o BPI resolva o seus riscos de concentração em Angola e torne novamente rentável a sua actividade doméstica".
O accionista do BPI Tiago Violas Ferreira critica as decisões do Banco Central Europeu e do Governo português no caso BPI.
A Holding Violas Ferreira votou a favor da alteração de estatutos do BPI que permitia a reeleição de Fernando Ulrich como líder executivo do BPI. A proposta acabou chumbada devido ao voto contra de Isabel dos Santos.
A Holding Violas Ferreira (HVF), maior accionista português do BPI, foi apanhada de surpresa pelo preço que o CaixaBank oferece pelo BPI. "Ficámos muito surpreendidos com o valor da OPA", admitiu Tiago Violas Ferreira, ao Negócios.