Portugal favorável a deixar de importar gás russo e pode fazê-lo já em 2026
Questionada se Portugal estaria preparado para uma eliminação a partir de 2026, a ministra da Energia apontou: "Sim, por nós, não tem problema se for a decisão".
Questionada se Portugal estaria preparado para uma eliminação a partir de 2026, a ministra da Energia apontou: "Sim, por nós, não tem problema se for a decisão".
Portugal é um dos oito Estados-membros da UE que terão de encontrar alternativas às importações de gás russo, dado que o país ainda importa GNL da Rússia, embora em proporções relativamente pequenas.
Em comparação, a Rússia exporta diariamente cerca de 50 milhões de metros cúbicos de gás para a Europa através do TurkStream, contra quase 500 milhões de metros cúbicos em 2020.
"Vamos continuar a pressionar a Ucrânia para que se dê conta de que tem a obrigação de transportar gás", disse o primeiro-ministro eslovaco no parlamento nacional.
Segundo os dados da ERSE, a descarga foi responsável por 4,9% do total das importações de GNL.
Catarina Caria e Gonçalo Saraiva Matias, presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Fundação Francisco Manuel dos Santos, discutem o trilema da transição energética na Europa, e muito mais.
O diretor executivo da empresa energética russa advertiu que a tentativa de impor um teto aos preços do gás russo na Europa implicará o corte do fornecimento.
Medidas concretas são esperadas na próxima semana mas tudo indica que limitação de preços ao gás russo não será aplicada.
Para a Comissão Europeia, estebalecer um limite permitiria contornar os "preços extremamente elevados do gás natural, [que] permitiram à Rússia manter as receitas apesar dos cortes deliberados nos volumes". Opção vai ser dicsutida na sexta-feira, no Conselho Extraordinário da Energia.
A declaração surge depois do chanceler alemão, Olaf Scholz, se manifestar a favor de um gasoduto que transporte gás a partir de Portugal através de Espanha e França para o resto da Europa, para reduzir a atual dependência de gás russo.
A Alemanha já acionou o "nível de alerta" do plano de emergência nacional de gás e agora prevê riscos de escassez a longo prazo. País já considera que se está a viver "uma crise de gás" e prepara-se para uma "uma situação muito apertada no inverno".
A Gazprom não recebeu pagamentos em rublos da companhia energética pública finlandesa Gasum até à data limite de 20 de maio e "parou completamente os seus fornecimentos de gás", afirmou o gigante de gás russo em comunicado.
A Comissão Europeia garantiu que a União Europeia está preparada para um corte total do gás russo. Em Portugal, o gás russo representou, em 2021, menos de 10% do total importado.
O transporte do gás, de facto, depende de toda uma rede de infraestruturas cuja instalação é complexa, disse Jean-Pierre Clamadieu, presidente da empresa de energia Engie.
"É mais uma tentativa da Rússia de utilizar o gás como instrumento de chantagem", lamentou a presidente da Comissão Europeia.
A Polónia alertou que a Rússia teria ameaçado cortar o gás a partir do dia 27 de abril, depois de Varsóvia se ter recusado a pagar em rublos.