Fundo norte-americano assinou um Memorando de Entendimento para a venda da posição na instituição financeira portuguesa. BPCE também quer comprar as posições do Estado e do Fundo de Resolução. Operação ficará concluída no próximo ano.
Com a venda o Novo Banco deixou de ser um banco de transição e desapareceu o risco de ser liquidado, o que, segundo as autoridades portuguesas, era um risco sério se não fosse encontrado comprador.
Contrato de compra e venda do Novo Banco foi assinado esta quarta-feira.
O Fundo de Resolução, até aqui accionista único do Novo Banco e que fica agora com 25%, considera que a solução contratualizada com a Lone Star é equilibrada. A entidade vai monitorizar o banco.
O governador do Banco de Portugal admite um "complexo processo" de negociações para a alienação do Novo Banco à Lone Star. Mas fala em "passo decisivo" para a economia nacional.
Após a injecção de 750 milhões de euros, "o Novo Banco é uma instituição sólida e bem capitalizada para apoiar os seus clientes", garantiu o director-geral da Lone Star na cerimónia de compra da instituição. Donald Quintin agradeceu "a dedicação, lealdade e confiança" dos trabalhadores.
Com a venda de 75% do capital à Lone Star, termina a medida de resolução aplicada ao Banco Espírito Santo. O Novo Banco deixa de ser um banco de transição. Os americanos só têm de ficar três anos.
Robert Sherman, que antecedeu no cargo Edward Glass - o actual titular da representação diplomática norte-americana - vai integrar o conselho geral e de supervisão do Novo Banco, avança o Eco.
De acordo com o Eco, a Hayes juntam-se ainda três outros elementos vindos da Lone Star, que até dia 20 deverão assumir as rédeas do banco herdeiro dos activos saudáveis do BES.
