O secretário de Estado das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, disse esta segunda-feira que Portugal não deverá apresentar um candidato para suceder ao alemão Peter Praet na Comissão Executiva do Banco Central Europeu (BCE).
Benoit Coeure, da Comissão Executiva do BCE, não tem dúvidas ao afirmar que a área do euro "precisa de ser reformada", caso contrário os limites do mandato do banco central podem ser testados na próxima crise. Identificou três linhas de actuação para os Estados-membros.
O BCE continua a defender que a política monetária não deve ter objectivos cambiais, mas admite que, caso os EUA ameace os objectivos do banco central, possa ter de reavaliar a sua política.
Esta quinta-feira a Novabase vai estar a reagir em bolsa ao anúncio da proposta de pagamento de um dividendo extraordinário de 50 cêntimos. Na Europa, os investidores vão reagir à reforma fiscal proposta por Trump e estarão atentos aos dados da inflação na Alemanha e do PIB nos EUA.
Na viagem de regresso à normalização monetária por parte do BCE, todos os cuidados são poucos para garantir uma navegação tranquila.
Em Lisboa, o membro da comissão executiva do BCE, Yves Mersch, defendeu que há princípios a cumprir no regresso a política monetária mais convencional.
A "yield" das obrigações a 10 anos recua quatro pontos base para 3,42%, o nível mais reduzido desde Novembro e já distante dos máximos acima dos 4% fixados há poucas semanas.
O membro da comissão executiva do BCE defende a necessidade de tornar a união económica e monetária mais forte e sustentável, o que exige uma união bancária e elementos de uma união orçamental.
Os mercados europeus negoceiam em terreno positivo pela sétima sessão consecutiva, depois de o Banco Central Europeu ter anunciado um programa de compra de títulos, que inclui dívida pública e privada.
Ainda penalizada pela decisão surpresa do banco central da Suíça, a moeda europeia quebrou esta sexta-feira outra importante barreira e já está em níveis de Novembro de 2003.
Jorg Asmussen, o membro alemão na Comissão Executiva do BCE, troca o lugar em Frankfurt pelo de ministro-adjunto em Berlim. Draghi e Portugal perdem um aliado.
Numa altura em que a retirada de estímulos por parte da Reserva Federal está a centrar as atenções dos investidores, o membro da comissão executiva do BCE deixou claro que não será tão depressa que a autoridade europeia seguirá o mesmo caminho.
Membro alemão da comissão executiva do BCE considera que as dúvidas dos mercados sobre o futuro do euro e da união monetária, que estão a reflectir-se nos prémios de risco da dívida pública, não fazem sentido.
O euro é a "âncora de estabilidade" no actual período de crise, diz o membro da Comissão Executiva do BCE, Jörg Asmussen. E, apesar das dificuldades, a Alemanha ainda obtém vantagens por pertencer à moeda única, acrescenta. Uma moeda que continua a contar com a Grécia. Porque só há o plano A: a Grécia continuar no euro.
Antigo membro da comissão executiva do BCE diz que a Europa está mergulhada num dilema: não pode ceder à Grécia, mas ainda não está preparada para a deixar sair. Enganam-se, garante, os que afirmam que os mercados estão preparados e que o essencial dos custos seria suportado pela economia grega.
Jörg Asmussen, membro da comissão executiva do BCE, alerta a banca irlandesa para a necessidade de reduzir "substancialmente" a sua dependência dos fundos do banco central para sanar o sistema financeiro.
