O endurecimento da política monetária do Banco do Japão e a valorização do iene somaram-se ao receio de recessão nos EUA e provocaram a acentuada baixa da bolsa nipónica.
A semana será marcada pela reunião de alguns dos maiores bancos centrais mundiais. Reserva Federal, Banco de Inglaterra e Banco do Japão reúnem-se na última semana antes do Natal.
As bolsas europeias encerraram em alta, fortemente impulsionadas pela valorização das cotadas da energia em dia de novas subidas dos preços do petróleo. Já o dólar segue a negociar em baixa face aos principais congéneres, pressionado pela guerra comercial EUA-China e pela expectativa de uma nova subida dos juros directores por parte da Reserva Federal norte-americana.
Os principais banqueiros não se deslocam ao vale do Wyoming para o encontro anual organizado pela Fed de Kansas City. Powell centra atenções.
As obrigações soberanas estão em queda generalizada, reagindo à forte subida dos juros do Japão na sequência da reunião de política monetária do banco central deste país.
Em dia de reunião da Fed, as notícias sobre o agravamento das tarifas comerciais dos Estados Unidos à China estão a anular o efeito dos resultados positivos da Apple. O petróleo volta a cair após a maior queda mensal em dois anos e o Banco do Japão está a fazer subir os juros da dívida europeia.
As bolsas europeias estão a negociar em alta ligeira, à espera de indicadores económicos e das decisões do Banco de Inglaterra e da Fed, nos próximos dois dias. Os juros estão em queda e o petróleo a caminho da maior queda mensal desde Julho de 2016.
A bolsa nacional e a Europa abrem com sentimento negativo. Por cá, o grupo EDP pesa no principal índice.
O Banco do Japão surpreendeu os investidores pela falta de surpresas. A autoridade monetária manteve os juros negativos, introduziu pequenas alterações no programa de compra de activos e cortou as estimativas para a inflação.
O principal índice nacional fechou a primeira sessão da semana no verde, apoiado nas subidas da EDP e Jerónimo Martins, que valorizaram acima do 1%.
Iene valoriza para máximos de três semanas face ao euro; Sondagem do BCE aponta para subida da inflação; Inventários dos EUA em queda impulsionam crude; Ouro recupera após ter atingido mínimos do ano nos $1211.
A bolsa nacional arrancou a semana em baixa ligeira, com o grupo EDP, a Galp e o BCP a penalizar. Na Europa, a tendência é igualmente negativa.
O presidente dos Estados Unidos "não está entusiasmado" com a política monetária da Reserva Federal norte-americana assente no aumento gradual de juros. Para Donald Trump, um dólar forte prejudica a economia norte-americana.
Esta quarta-feira prossegue o Fórum do BCE em Sintra e o IGCP emite dívida de curto prazo. Já o INE divulga a síntese económica de conjuntura, de Maio, e o MSCI procede à reclassificação dos mercados.
Os juros da dívida portuguesa reflectem a mensagem tranquilizadora de Draghi e caem pela sexta sessão consecutiva. O petróleo também se destaca, mas no sentido inverso, ao somar mais de 1% com o optimismo em relação à reunião da OPEP.
No espaço de seis sessões, a "yield" das obrigações soberanas portuguesas a 10 anos já aliviaram mais de 25 pontos base.
