Juncker considera que Portugal esperou demasiado por ajuda europeia
?O presidente da Comissão Europeia defendeu hoje que é necessário remodelar os mecanismos de protecção civil da União Europeia, garantindo que "não é normal" o tempo que Portugal esperar por assistência para combater os recentes incêndios florestais
O presidente da Comissão Europeia defendeu hoje que é necessário remodelar os mecanismos de protecção civil da União Europeia, insistindo que "não é normal" o tempo que Portugal teve de esperar por assistência para combater os recentes incêndios florestais.
"Não é normal que, quando um incêndio se declara num domingo de manhã em Portugal, tenhamos de esperar até quarta-feira à noite para ver chegar o primeiro avião de ajuda europeu. Temos que acelerar o processo", disse Jean-ClaudeJuncker, durante um debate no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
Na sua intervenção no debate, que era dedicado aos resultados do Conselho Europeu realizado na semana passada em Bruxelas,Junckercomeçou por recordar o "sentido de solidariedade para com a tragédia que Portugal e Espanha acabaram de atravessar", para admitir que os mecanismos de protecção civil "não estão a funcionar a 100%".
"A solidariedade é uma virtude essencial da nossa União, e quando um de nós se vê confrontado com dificuldades é evidente, necessário e elementar que a União Europeia venha em ajuda daqueles que sofrem. Essa é a razão pela qual encarreguei o comissário (da Ajuda Humanitária e Gestão de Crises,Christos)Stylianidesde reflectir no prazo de um mês, e em todo o caso até ao fim do ano, na remodelação e numa nova articulação dos nossos mecanismos de protecção civil que não estão a funcionar a cem por cento", disse.
O presidente do executivo comunitário apontou que, "até lá", a Comissão irá activar, "após verificar a sua aplicabilidade, todos os mecanismos do Fundo Europeu de Solidariedade para Portugal e Espanha", assim como os três países bálticos atingidos por chuvas torrenciais.
Na cimeira de chefes de Estado e de Governo da UE celebrada na semana passada, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que os incêndios florestais motivaram "uma atenção muito grande" no Conselho Europeu e revelou queJunckerdeu instruções para que a Comissão voltasse a estudar uma proposta antiga de criação de uma força europeia deProteçãoCivil.
Pelo menos 45 pessoas morreram nos incêndios de 15 de Outubro em Portugal.
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