ONU pede €2,4 mil milhões para ajuda de emergência no Iémen

"O Iémen é actualmente a pior crise humanitária no mundo", afirmou em Genebra o secretário-geral da ONU, António Guterres, evocando uma "situação catastrófica" no país.

"Podemos e devemos evitar que se torne uma tragédia de longo prazo", disse Guterres, acrescentando que as Nações Unidas precisam de 2,96 mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros) para 2018.

Em 2017, a ONU lançou um apelo de 2,5 mil milhões de dólares e os doadores avançaram fundos num valor total de 73% daquela verba.

Mas as necessidades são hoje maiores no Iémen, onde desde 2015 uma coligação dirigida pela Arábia Saudita combate os rebeldes ‘huthi’, apoiados pelo Irão, que controlam a capital.

A ONU estima que 8,4 milhões de pessoas estão em risco de fome no Iémen.

O país depende muito da importação de alimentos e, no ano passado, a coligação liderada pelos sauditas impôs um bloqueio terrestre, marítimo e aéreo, em resposta ao lançamento de um míssil pelos ‘huthi’ que foi interceptado perto de Riade.

O bloqueio foi mais tarde atenuado, mas persistem restrições à entrada de bens.

"É preciso que os [trabalhadores] humanitários possam chegar às pessoas que mais precisam de ajuda, sem condições. Os portos devem manter-se todos abertos aos carregamentos de ajuda humanitária e comerciais de alimentos, medicamentos e combustível", disse Guterres.

Cerca de 10.000 iemenitas foram mortos e 53.000 feridos desde o início da intervenção saudita.

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