Já não são novidade, as chamadas "peças-obra" - olhares actuais sobre a vida e a obra de um artista já desaparecido -, criadas pela companhia holandesa De Warme Winkel. Fundada em 2002 por Mara van Vlijmen, Vincent Rietveld e Ward Weemhoff - actores fascinados pela História e a grande literatura, que gostam de pôr em confronto com as suas emoções pessoais -, abordou anteriormente a arte do poeta e dramaturgo russo Vladimir Maiakovski, voltando-se agora - por ideia de Mara, que os outros dois, segundo dizem, queriam "simplesmente fazer um espectáculo sobre sexto" - para a escrita de Junichiro Tanizaki, autor da mesma época (as primeiras décadas do século XX, consideradas "a alvorada da modernidade"), mas japonês.