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Viejo Calavera vence grande prémio do IndieLisboa

O filme de Kiro Russo venceu o Grande Prémio de Longa-Metragem do 14.º IndieLisboa. O principal galardão para curta metragem foi para Wiesi/Close Ties

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Edição de 5 a 11 de agosto
14 de maio de 2017 às 13:00

O filmeViejo Calavera, do realizador boliviano Kiro Russo, venceu este sábado o Grande Prémio de Longa-Metragem do 14.º IndieLisboa - Festival de Cinema Independente, tendo o principal galardão para curta metragem ido para a Polónia, comWiesi/Close Ties.

Apesar de esta ter sido a edição com presença recorde de filmes portugueses, os filmes nacionais não conseguiram nenhum galardão nas categorias internacionais, tendo o júri da competição internacional, composto pelo crítico italiano Giona A. Nazzaro, o cineasta português Manuel Mozos e a produtora espanhola Paz Lázaro, atribuído ainda um Prémio Especial do Júri Canais TVCine & Séries ao filme "Arábia", dos brasileiros Affonso Uchôa e João Dumans.

Viejo Calavera, um filme de 2016 - que já recebeu diferentes prémios nos festivais de Locarno, Rio de Janeiro, Cartagena e Buenos Aires - foi laureado com o Grande Prémio de Longa-Metragem.

O Grande Prémio de Curta-Metragem foi paraWiesi/Close Ties, Polónia, tendo a melhor animação nesta categoria ido para489 Years, de Hayoun Kwon, França, e o melhor documentário paraThe Hollow Coin, de Frank Heath, Estados Unidos.

No júri da competição nacional, composto pelo realizador e argumentista francês Antoine Barraud, a curadora Maike Mia Höhne, da Berlinale, e o programador italiano Paulo Bertolín, a melhor longa-metragem foiEncontro Silencioso, de Miguel Clara Vasconcelos.

A melhor curta-metragem portuguesa éMiragem Meus Putos, de Diogo Baldaia, tendo o galardão para o novo talento em curtas ido para Jorge Jácome, emFlores, enquanto o melhor filme da secção novíssimos foi atribuído a "Os Corpos que Pensam", da francesa Catherine Boutaud.

O prémio Árvore da Vida foi atribuído,ex-aequo, aAntão, o Invisível, de Maya Kosa e Sérgio da Costa (Suíça e Portugal), e aNum Globo de Neve, do português André Gil Mata.

Na votação do Público do festival, o prémio de longa-metragem foi entregue aVenus, de Lea Glob e Mette Carla Albrechtsen (Dinamarca e Noruega), e o de curta-metragem aScris/Nescris, de Adrian Silisteanu (Roménia).

O filme alemãoFind Fix Finish, de Mila Zhluktenko e Sylvain Cruiziat, recebeu o prémio Amnistia Internacional, enquanto a distinção em Indiemusic foi entregue aTony Conrad: Completely in the Present, de Tyler Hubby.

O 14.º IndieLisboa começou a 3 de maio comColo, de Teresa Villaverde, tendo a competição nacional sido constituída, pela primeira vez, por seis longas-metragens e 18 curtas-metragens, "o maior contingente de sempre na competição nacional do IndieLisboa", como afirmou a organização.

No total, foram exibidos mais de 40 filmes portugueses, a maioria em estreia nacional, entre os quaisAmor, Amor, de Jorge Cramez,Encontro Silencioso, primeira longa-metragem de ficção de Miguel Clara Vasconcelos, com base na realidade das praxes académicas, que acabou por vencer a competição nacional, eLuz Obscura, documentário de Susana de Sousa Dias, a partir dos arquivos da PIDE.

A maior secção do IndieLisboa é o IndieJúnior, com filmes para famílias e escolas repartidos por idades, da infância à adolescência, e este ano o IndieMusic teve sessões ao ar livre no terraço do Cineteatro Capitólio.

Com quase 300 filmes programados, o IndieLisboa decorreu na Culturgest, Cinema São Jorge, Cinema Ideal, Cinemateca Portuguesa e Capitólio, com programação paralela noutros espaços como a Casa Independente e o Musicbox.

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