Sábado – Pense por si

Crítica de cinema: The Last Face - A Última Fronteira

No novo filme de Sean Penn, há africanos que morrem e matam e sofrem e se destroem e vivem no Inferno. Mas o que é que isso interessa quando duas estrelas bonitas e brancas não se conseguem amar?"

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Edição de 16 a 22 de setembro
Tiago Santos 08 de abril de 2017 às 17:45

Poucos filmes preparam melhor o espectador para o que se segue do que este. Quando, no texto inicial de declaração de intenções inscrito sobre um mapa de África, Sean Penn equipara a Guerra Civil na Libéria e os conflitos no Sudão à - e passo a citar - "brutalidade de um amor impossível... entre um homem... e uma mulher", pensei de imediato: "Estou lixado com isto." E lixado com aquilo fiquei, porque Sean Penn, que já realizou filmes apreciáveis comoA Promessa(2001) eO Lado Selvagem(2007), passa duas horas a tentar com que o espectador se comova com o romance entre Theron e Bardem, com monólogos existencialistas ao estilo Malick onde ela, a directora de uma ONG, que se apaixona por um médico num cenário de guerra, diz coisas como: "Antes de conhecer o Miguel, eu era apenas uma ideia."

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