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Crítica de Cinema: Nunca Deixes de Olhar: A Arte não tem Identidade

O crítico aponta: "Ao contrário do seu protagonista, Donnersmarck está confortável com uma linguagem visual clássica, que torna o filme demasiado adequado. E longo."

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Edição de 5 a 11 de agosto
Tiago Santos 19 de janeiro de 2019 às 07:00

O filme começa com uma exposição em Dresden, 1937. Os Nazis estão no poder e é uma exibição de "arte degenerada"; quadros de autores como Picasso, Mondrian ou Kandinsky são utilizados como exemplo das impurezas da cultura contemporânea. "Como é que isto eleva a alma?", pergunta o guia a um grupo em que se incluem Elisabeth e o seu jovem sobrinho Kurt. Florian Henckel Donnersmarck (A Vida dos Outros), que também escreve o argumento (inspirando-se na vida do pintor alemão Gerhard Richter), passa as três horas seguintes a demonstrar que o subtítulo português (A Arte Não Tem Identidade) está errado:Nunca Deixes de Olharé o retrato de um artista à procura da sua identidade, um épico com inspirações literárias que denuncia qualquer imposição ideológica à expressão criativa individual como opressiva - seja ela a rigidez fascista ou o "realismo social" dos comunistas.

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