Esta é a ideia que vem sempre à cabeça de Naide Gomes quando está em prova. Também hoje será assim, quando competir nas Olimpíadas de Atenas.
Esta é a ideia que vem sempre à cabeça de Naide Gomes quando está em prova. Também hoje será assim, quando competir nas Olimpíadas de Atenas.
No tempo em que tinha vergonha de ter pernas altas e de ser magra, os miúdos da escola chamavam-lhe girafa. Ganhava a todos nas corridas e nos jogos de futebol e um professor encaminhou-a para o desporto. Nem se lembra bem da primeira medalha que ganhou – há-de estar no armário onde a mãe guarda os troféus. Hoje, é atleta do Sporting, treinada por Abreu Matos. Partiu ao meio o nome extenso: Enezenaide ficou Naide, fácil de dizer e de recordar. No início de Março deste ano, tornou-se campeã do Mundo de pentatlo, nos campeonatos de atletismo de pista coberta em Budapeste. Nos últimos meses sofreu uma pequena lesão, mas não descurou os tratamentos, até porque tinha à espera a cidade de Atenas. É lá que se encontra nestes dias, a disputar o heptatlo (100 metros barreiras, salto em comprimento, lançamento de peso, 200 metros, salto em altura, lançamento do dardo e 800 metros), com o objectivo de ficar entre as oito finalistas. O que vai ela dizer quando concluir a sétima prova, os tormentosos 800 metros? É simples: Naide vai exclamar "Aleluia!".
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