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“As marcas sustentáveis têm uma consideração sete vezes superior às restantes”

Pela segunda vez, a Tranquilidade | Grupo Generali desafia as PME a mostrarem o seu progresso no caminho da sustentabilidade. Pedro Carvalho, CEO da Tranquilidade | Generali, explica a importância do prémio

18 de abril de 2023 às 15:04

Dar visibilidade às pequenas e médias empresas com as melhores práticas de sustentabilidade em Portugal é o grande objetivo do Prémio SME EnterPRIZE. Como lembra Pedro Carvalho, CEO da Tranquilidade | Generali, os novos consumidores já escolhem as marcas em função dos critérios ambientais e sociais das empresas que as comercializam. A Tranquilidade | Generali está agora a lançar a 2ª edição do SME EnterPRIZE em Portugal.

Que balanço faz da 1ª edição?
O balanço que fazemos da 1ª edição do prémio SME EnterPRIZE é extremamente positivo. Recebemos quase 500 candidaturas de pequenas e médias empresas, num prazo que podemos considerar bastante reduzido. Estamos a falar de um mês e meio, em que as empresas contactaram pela primeira vez com a nossa iniciativa, identificaram-se com ela, e investiram tempo e recursos na elaboração da candidatura e partilha dos seus projetos. Para uma primeira edição, de um prémio que ainda se está a dar a conhecer no mercado, na nossa opinião foi notável.

Nesta 2ª edição alargaram o âmbito a projetos de sustentabilidade social. Que importância tem esta dimensão?
A componente social está intrinsecamente ligada ao propósito global da sustentabilidade, e, nesse sentido, é altamente mobilizadora, com um efeito multiplicador a nível dos impactos. E temos de falar necessariamente de impacto económico, pois só com geração de riqueza asseguramos os recursos nanceiros necessários para que as empresas continuem a operar de forma competitiva no mercado, gerando emprego, remunerando os colaboradores de forma justa, produzindo produtos que vão ao encontro das expectativas das pessoas. Por outro lado, as empresas podem influenciar positivamente as comunidades onde se inserem, através de projetos sociais que apoiam os mais vulneráveis e lhes dão ferramentas para ultrapassarem ciclos viciosos de pobreza, de desestruturação familiar, e de fragilidade da saúde.

Pode dar exemplos de projetos de sustentabilidade social da Tranquilidade | Generali?
Um bom exemplo de uma iniciativa nossa é o projeto "The Human Safety Net", o principal programa de responsabilidade social da Tranquilidade I Generali, que é uma rede de pessoas que procuram ajudar os outros, com vista ao fortalecimento de famílias com crianças até aos seis anos, assim como à integração de refugiados, que conseguem muitas vezes criar o seu próprio emprego, tornando-se empreendedores de sucesso. 
Neste contexto, através da promoção da literacia e da adoção de comportamentos responsáveis para a preservação de recursos, para a economia circular, para práticas de prevenção de acidentes e de problemas de saúde, entre outros, também geramos um efeito de mudança comportamental. O que vai contribuir para uma utilização mais equilibrada dos recursos, dentro dos limites que o planeta pode suportar. Estamos a contribuir para que as gerações atuais deixem um legado que melhore a existência das gerações seguintes, em vez de lhes hipotecar o futuro.

Como é que a Tranquilidade | Generali vê o papel das PME na economia nacional?
Esta pergunta tem uma resposta muito simples e os números falam por si. As PME representam mais de 99% das empresas na União Europeia e empregam cerca de dois terços dos trabalhadores do setor privado. Em Portugal, representam 98% das empresas. Como tal, têm um grande impacto na economia e no futuro das comunidades em que se inserem. Incentivarmos práticas de sustentabilidade nas PME é incentivarmos práticas de sustentabilidade na sociedade em geral. Acreditamos que assim podemos contribuir para o crescimento da economia nacional.

De uma forma geral, as PME não têm os recursos das grandes empresas para dedicar à sustentabilidade do seu negócio. Que desafios enfrentam?
As PME deverão assumir as exigências da sustentabilidade como aceleradores da transformação do negócio, para serem mais inovadoras, adotarem processos produtivos que incorporem menos recursos, e assim responderem de forma mais e caz às necessidades dos clientes. Outro dos desafios é compreenderem que a sustentabilidade é algo de verdadeiramente holístico, que abrange também a ética nos negócios, o respeito pelos direitos humanos, e o fomento da diversidade e da igualdade de género. 
Há também muitas situações em que a transformação vai exigir recursos nanceiros para conseguir responder aos imperativos das cadeias de fornecimento e da própria lei, e aí reside, talvez, o maior desa o para as empresas que possam ter uma situação nanceira menos robusta e menor facilidade em aceder a capital, o que é particularmente relevante em épocas de crise financeira. Em Portugal, contudo, as perspetivas económicas são, apesar de tudo, positivas, o que oferece oportunidades às empresas.

Entretanto, o mercado também "exige" maior sustentabilidade às empresas…
Sim. Está a emergir um novo tipo de cliente: o consumidor responsável, que faz as suas escolhas tendo em consideração as práticas sustentáveis das marcas e que quer consumir escolhendo claramente aquelas que têm esse posicionamento. Os estudos mostram que as marcas sustentáveis têm, em média, uma consideração sete vezes superior às restantes. Portanto, a questão não é se as empresas têm de adotar práticas sustentáveis, mas quando é que o vão fazer.

De que forma é que a Tranquilidade | Generali incentiva a sustentabilidade no seu negócio?
A Tranquilidade | Generali está há muitos anos num vasto processo de transformação com foco na sustentabilidade, o que envolve a digitalização dos processos, a redução do consumo de papel, de combustível e de eletricidade. Temos uma política de gestão das pessoas que promove a diversidade, a equidade, a inclusão, e o bem-estar físico e mental dos colaboradores.

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