“Um dos destinos mais seguros para viajar em 2020”

Num contexto de pandemia é essencial restituir confiança às pessoas para que possam voltar a viajar e desfrutar dos destinos. Esta tem sido uma das nossas maiores preocupações. A Madeira tem feito um trabalho notável na contenção da pandemia. Não chegou à centena de casos reportados, dos quais permanecem apenas seis ativos, não teve contaminação ativa e não se registaram quaisquer óbitos. Para a APM é importante que as pessoas saibam que a região é um destino seguro. Ainda este ano foi distinguida como dos destinos mais seguros para viajar em 2020 e a praia de Porto Santo como das praias mais seguras da Europa. Restituir essa confiança é essencial para o retomar do turismo.

Que medidas implementaram para garantir que a região é um destino seguro?

A região foi uma das primeiras com protocolo de boas práticas para a gestão da pandemia. Foi pioneira no lançamento de projeto de certificação internacional das unidades turísticas em boas práticas na gestão de riscos biológicos, está a lançar conjuntamente com a Saúde uma aplicação de acompanhamento dos turistas com componente de "gamification" com oferta de experiências turísticas e tem controlo de testes covid à entrada da região. Não só é um destino seguro como quer manter-se como tal, para proteção das suas populações dos turistas que nos visitam.

De um ponto de vista turístico como tem corrido a operação de testes no aeroporto?

Tem funcionado exemplarmente bem. Na perspetiva da APM tem que ser a primeira boa experiência turística de quem chega. Para quem chega com teste negativo realizado nas últimas 72 horas antes do embarque e fez o "upload" na web app "madeira safe to discover" tem livre trânsito no aeroporto. Quem vem sem teste faz o registo na mesma na web app e faz o teste no aeroporto, recebendo o resultado no máximo em 12 horas. É uma operação que decorre de forma ligeira, tendo sido possível receber aviões completos e ter os passageiros livres, com testes feitos, em 30 a 45 minutos em média. Temos um conjunto de assistentes à chegada que apoiam os viajantes ao longo do percurso, oferecem "souvenirs" e água, para além de toda uma estrutura de receção que é um postal de boas vindas à região. A recetividade das pessoas tem sido ótima.

Quais têm sido as apostas na promoção do destino para além da questão da segurança?

A segurança é realmente importante e tem que estar assegurada, mas não é a razão porque os turistas visitam uma região. A nossa aposta está na promoção das valências da região e da multiplicidade de experiências de mar, natureza e montanha que se podem usufruir na região, simultaneamente com uma oferta hoteleira e uma qualidade de serviço e de saber bem receber, que colocam a região num patamar muito elevado ao nível de destino turístico insular. Por essa razão este ano voltámos a ser nomeados pelos World Travel Awards para o prémio de melhor destino insular da Europa. Prémio que já ganhámos seis vezes.

Que mercados e campanhas lançaram?

Este ano temos estado a focar nos mercados de proximidade e nos mercados tradicionais, pois a retoma tem de começar nos mercados que sempre foram mais importantes para a região e onde temos um conjunto de turistas leais que revisitam a Madeira. Lançámos uma campanha nacional "Portugal Tropical", para os portugueses conhecerem a região de um ângulo novo, e descobrirem todas as suas valências tropicais com temperaturas ótimas durante todo o ano. E também uma campanha regional "Vamos viver o que é Nosso", convidando os madeirenses e porto-santenses a explorar as suas ilhas, que são de qualidade mundial ao nível de destino insular. Vamos também lançar dentro de poucos dias uma campanha internacional em vários mercados europeus com muita cor e muita alegria. Queremos que a Madeira faça parte de uma nova fase na vida das pessoas, uma fase que traga alegria, otimismo e esperança, repleta de experiências.

Quais as perspetivas para o futuro?

Há um grande entusiasmo dos operadores turísticos na Madeira como um dos primeiros destinos da retoma segura do turismo. Julho já viu mais de 30% das rotas repostas e setembro terá mais de 50% delas operacionais. Temos consciência que será uma retoma gradual, mas queremos que seja uma retoma segura.