Alojamento, o calcanhar de Aquiles
Pistas para os 90% de estudantes deslocados que não têm acesso a residências.
Quem ficar colocado numa instituição fora da sua zona de residência enfrenta um senhor problema, o alojamento. Em Portugal apenas 10% dos estudantes deslocados têm acesso a residências universitárias. A alternativa é tentar uma residência privada, arrendar um quarto, ou uma parte de casa. Porém, a oferta é escassa e dispendiosa, representando o alojamento a maior fatia dos encargos do jovem estudante. Um quarto na região de Lisboa atinge o valor médio de 500 euros, segundo o Observatório do Alojamento Estudantil, que identifica diariamente a oferta privada de alojamento para estudantes e as rendas praticadas a nível nacional.
As residências privadas têm vindo a crescer em Portugal. As Residências Montepio U Live são um bom exemplo, disponibilizando alojamento de elevada qualidade a preços moderados, em Lisboa, Évora, Porto e Braga. Difícil é conseguir lugar. Outras redes internacionais, como LIV Student e micampus também estão em várias das nossas cidades. Poderás consultar o portal Uniarea, que tem um trabalho exaustivo sobre este tipo de oferta.
Praticamente todas as universidades e politécnicos estão em obras para aumentar os espaços de alojamento destinados aos seus estudantes, beneficiando de apoios do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), mas mesmo quando concluídos não serão suficientes. Para tentar colmatar esta lacuna, a Universidade NOVA de Lisboa lançou uma iniciativa inovadora: a rede ¼ pretende juntar quem tem quartos disponíveis com quem precisa deles para viver e estudar. A plataforma permite que estudantes deslocados e anfitriões se registem, anunciando quartos e necessidades, e que ambas as partes possam ser proativas na procura do match certo. A plataforma permite comunicação direta, agendamento de visitas e formalização de contratos.