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Enviar o artigo: É fundamental ter uma boa climatização
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É fundamental ter uma boa climatização
As pessoas passam 80-90% do seu tempo dentro de portas.
Ter uma boa climatização dos espaços, sejam casas, empresas ou edifícios públicos ou privados, é importante por diversos motivos. "Desde logo por razões de saúde pública", começa por explicar Nuno Roque, secretário-geral da APIRAC – Associação Portuguesa das Empresas dos Sectores Térmico, Energético, Electrónico e do Ambiente, acrescentando o "conforto e qualidade de vida, independentemente de se tratar de áreas residências, de trabalho ou de lazer".
Depois, aprofundando esses pontos, encontram-se benefícios que se cruzam com as necessidades básicas da nossa vida e cuja carência seria catastrófica. Nuno Roque refere-se à "questão da produção, distribuição e armazenamento alimentar, produção e conservação farmacêutica, serviços e cuidados hospitalares, ou preservação de dados, apenas para dar alguns exemplos".
A importância de uma boa climatização nos espaços ganha ainda mais relevo no nosso país, onde a baixa qualidade de boa parte das habitações leva a que muitos portugueses sintam calor no verão e frio no inverno. Os bons sistemas de climatização ajudam a defender, por isso, a saúde dos portugueses? "Claro que sim", responde o responsável da APIRAC, prosseguindo: "E na sua relação custo/benefício encontramos soluções inigualáveis, do ponto de vista da eficácia (capacidade de resolver o conforto rapidamente), quer do ponto de vista da eficiência (inigualável transformação de kW elétricos em kW térmicos), e, tão ou mais importante, a proteção da qualidade do ar interior, onde as pessoas passam 80-90% do seu tempo de vida."
O setor está forte
Face à tão grande importância do setor da climatização, quisemos saber como se encontra atualmente esta área de atividade em Portugal. "O setor globalmente reagiu muito bem, apesar de enormes constrangimentos causados por áreas da comunicação social durante o tempo da pandemia, que da forma mais inqualificável criaram anátemas sobre a influência e responsabilidade que a tecnologia e os equipamentos poderiam aportar à saúde das pessoas", afirma Nuno Roque. O secretário-geral da APIRAC continua, referindo que, felizmente, a experiência e os especialistas conseguiram demonstrar a falsidade de tais afirmações. "Ainda hoje aguardamos o retratamento de certos operadores e comunicadores que de forma irresponsável puseram em causa o negócio e a vida familiar de milhares de portugueses. Já para não falar do que aconteceu em escolas e lares…"
Nuno Roque informa que, atualmente, o setor da climatização representa 2.000 M€, 25.000 postos de trabalho e 3% das exportações de máquinas, correspondendo a 1% do PIB nacional.
Ou frio ou calor
O nosso país tem um problema sério de pobreza energética e a maior parte dos portugueses não se sentem confortáveis dentro de casa, seja devido ao frio ou ao calor. Nuno Roque conhece esta realidade, mas não deixa de a apontar como "surpreendente". Para o responsável da APIRAC "não faz sentido que o país que beneficia do clima mais temperado da Europa e que até cativa europeus a fixarem segunda residência em Portugal, ou até mesmo residência principal – caso de reformados e dos que aproveitam as facilidades do trabalho remoto –, seja notícia por razões de doença e morte relacionadas exatamente com a boa temperatura exterior."
É importante a instalação certificada
Em Portugal, existem técnicos não certificados a instalar aparelhos de ar condicionado. Uma realidade preocupante e que envolve riscos. "Ainda há pessoas que pensam que os equipamentos e sistemas de climatização, por serem frequentemente vendidos em lojas não especializadas ou nas secções de aparelhos domésticos dos grandes supermercados e em portais de e-commerce, são equiparáveis aos eletrodomésticos comuns. Esta é a principal razão pela qual muitos clientes finais acreditam que estes equipamentos não requerem instalação profissional", alerta Nuno Roque.
Porém, os equipamentos de ar condicionado, com exceção dos portáteis, requerem "uma instalação certificada, que está sujeita a regulamentos europeus muito específicos, bem como ao cumprimento de legislação nacional que regula a comercialização e manuseamento dos gases fluorados contidos neste tipo de equipamentos". Estes regulamentos significam que a empresa que instala o equipamento de ar condicionado deve cumprir uma série de requisitos de que devemos estar cientes.
Ao contrário da crença popular, "nem canalizadores nem eletricistas podem instalar equipamento de ar condicionado, de que tipo seja". A empresa de instalação tem de possuir a certificação de empresa F-Gas, bem como o seu pessoal envolvido nas tarefas, para poder manusear este tipo de fluido (gás fluorado) contido numa unidade de ar condicionado.
Neste processo - explica o responsável da APIRAC -é crítico o controlo de fugas (perdas de fluido frigorigéneo para a atmosfera), pelo que é obrigatório que a empresa de instalação disponha de equipamento de recuperação de fluido frigorigéneo e vasilhame para recolha separada. Para o fazer, qualquer empresa que remova uma unidade de ar condicionado ou substitua o fluido (gás fluorado e em muitos casos ainda clorados) numa unidade existente deve estar registada como produtor de resíduos junto da Agência Portuguesa do Ambiente. Uma vez instalado o equipamento, os resíduos - que poderão ser equipamentos em fim de vida ou fluido retirado das instalações - devem ser levados a um operador de gestão de resíduos, para o competente tratamento ambiental - no que é uma obrigação da empresa instaladora. A falta de fiscalização é incentivadora de todos estes desvios e comportamentos marginais.
O que pode ser feito para melhorar este setor em Portugal? E o que tem feito a APIRAC nesse sentido? A resposta é dada por Nuno Roque...
Por parte do Estado, fiscalizar e monitorizar. Da parte da APIRAC, continuar o trabalho de valorização e qualificação empresarial e profissional. A Associação trabalha diariamente com as empresas nesse sentido. São 47 anos a apoiar as empresas. A APIRAC é uma Associação Patronal, sem fins lucrativos, constituída 1975, que desde sempre tem pautado a sua atividade pela defesa e proteção dos interesses dos seus associados, contribuindo para a adequada estruturação e desenvolvimento do Setor da Refrigeração e da Climatização em Portugal. Congrega, verticalmente e simultaneamente numa única associação, toda a cadeia de negócio: projeto; consultoria e certificação energética; fabrico; importação, representação e distribuição de equipamentos e componentes; instalação, manutenção e assistência técnica; sistemas de automatização e controlo de edifícios; e, ainda, as empresas de qualidade do ar interior.
São 550 empresas associadas, agentes de mercado orientados para a diminuição dos consumos energéticos, melhorando rendimentos energéticos, com responsabilidade ambiental e consagrando a satisfação no cliente final. Para cumprir esta missão, a Associação trabalha nacional e internacionalmente para a melhoria das condições de trabalho, seja junto da tutela, ou de parceiros e instâncias internacionais, procurando informar e esclarecer os decisores políticos para a melhor tomada de decisão, isto é, que daí resulte o melhor impacte na qualidade de vida dos cidadãos.
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