Soltas da semana
Para não ficar de fora aqui fica a minha fantasia dessa noite de Halloween: Duas gémeas. Uma vestida de enfermeira e outra de colegial.
Para não ficar de fora aqui fica a minha fantasia dessa noite de Halloween: Duas gémeas. Uma vestida de enfermeira e outra de colegial.
Toda a gente sabe que Carlos Lisboa, o melhor jogador de basquetebol português, é um “holligan”. É este o retrato que certa gente de um clube da cidade do Porto quer fazer passar de Carlos Lisboa.
Na verdade não quero escrever. Estou a ver os carros a descer os Aliados, os cachecóis do FCP, os comentadores a alertar para o perigo de Jorge Jesus ir para o FC Porto na próxima época. Face ao empate em Vila do Conde, e depois de termos tido tudo na mão e tudo ter voado, o que é que há a dizer?
A matemática é uma ciência exata, e o futebol é precisamente o oposto. Mas há alturas em que se cruzam e tornam campeonatos impossíveis. Aqui virei morder a língua se o FCP perder 5 pontos. Mas embora seja matematicamente possível, está no domínio do emocional e factualmente irrealizável.
Foi agradável. Sem qualquer euforia. Foi simpático ganhar a Taça da Liga – até porque, como isto anda a correr, sabia que o Gil Vicente nos faria a vida negra e podia bem vencer o troféu. Fez-nos a vida num inferno, mas perdeu por um bigode de Conejo.
Agora que a época se prepara para chegar ao fim, a carreira do Benfica é como a história: a.C e d.C – antes da (eliminação da) Champions e depois da Champions.
O sonho durou seis minutos. Entra o Nuno Gomes e azarou-nos a vida. Já não acredito no campeonato. Não consigo. O ano passado perdemos cinco a nada com o Porto, esta época perdemos cinco pontos. Começámos a perder o campeonato na Cidade Berço. O carrasco é meu amigo, treina em Guimarães mas um dia o Glorioso, o Rui Vitória. Mas ali foram três pontos. A arbitragem mais um quantos.
O Benfica perdeu pontos em Olhão, como toda a gente. O FCP, para não ampliar grandemente a diferença pontual, foi empatar à Mata Real. Com o mal dos outros podemos nós, benfiquistas, bem. Mas nesta competição de rendimento e paciência não são só os nossos pontos que contam, os dos rivais também.
O Benfica venceu o Beira-Mar por 3-1. Jesus queria mais golos, e no final das contas podemos bem precisar deles para a comparação do “goal average”. Mas apesar de os nossos rivais diretos terem vencido os respetivos jogos, nós também não perdemos pontos. E nesta fase da coisa isso vale ouro.
É domingo à noite. O FCP acabou de ganhar ao Setúbal por 3-1. Ouço o Vítor Pereira, na “flash interview”, queixar-se do relvado, coitadinho. Diz que não se consegue acelerar com o campo aos altos e baixos, o pobre. O que ele precisava era de ir dar uma voltinha a São Petersburgo, apanhar -15 graus e um pelado de gelo e tinta verde a fazer de relva. Passava-lhe logo o queixume.
Hoje eu e o capitão Luisão fazemos anos. E o Glorioso resolveu brindar-nos com uma mão-cheia de golos e uma exibição de campeão. Já se sabe que eu sou fã do Rodrigo, aquela gazela de ouro que fez dois golos de génio e é grande e grande. Mas, à exceção de Emerson e Cardozo, todos quiseram contribuir para o presente de aniversário.
O Benfica ultrapassou a única equipa que nos derrotou esta época e avança para as meias-finais da Taça da Liga. Não é novidade para ninguém que o meu coração benfiquista bate mais forte pelos nossos miúdos, que são valentes, que são grandes e que, idealmente, são o futuro do Glorioso: o Rodrigo e o Nélson Oliveira.
Foi com o coração nas mãos que cheguei aos 95’ do Feirense-Benfica, jogado num estádio inqualificável (onde é que anda a Liga?). Dir-me-ão que só se é campeão com sofrimento, que o importante foi não quebrar e somar os três pontos, e a dianteira é nossa. JJ acertou nos ajustes à equipa. Antecipou um jogo sem nota artística, e acertou. Tentou Witsel à direita e um triângulo dourado, mas precisámos de alas e Nolito e Gaitán saltaram do banco em boa hora.
Com tamanha eficácia concretizadora, seria de esperar que o número 7 benfiquista fizesse a alegria de todo...
Depois de uma noite de sábado entediante, 90 minutos perdidos a ver um triste jogo de bola entre Sporting e Porto, o União de Leiria-Benfica ofereceu-nos um jogo sempre cheio de velocidade, de emoção e de uma segunda parte em que o Glorioso cilindra o oponente.
Com a pausa do campeonato e já sem Taça de Portugal para conquistar, os jogadores do Benfica gozam uns dias de descanso muscular. Com três frentes de combate em 2012 – Liga, Champions e Taça da Liga – espero que os nossos rapazes tenham encontrado os presentes devidos no sapatinho.