Dia das professoras afegãs
Sob anonimato, conta uma professora que, de espingarda na mão, os taliban irromperam pela escola e obrigaram todas as mulheres a abandonar, de um dia para o outro, o estabelecimento de ensino em que trabalhavam.
Sob anonimato, conta uma professora que, de espingarda na mão, os taliban irromperam pela escola e obrigaram todas as mulheres a abandonar, de um dia para o outro, o estabelecimento de ensino em que trabalhavam.
Cerca de três semanas após o arranque do ano letivo, docentes e educadores voltam a parar para exigir a contabilização integral do tempo de serviço congelado: Seis anos, seis meses e 23 dias.
"No final dessa semana de greve, no dia 22, sexta-feira, organizaremos uma manifestação nacional de todos os profissionais da educação, em Lisboa", disse o líder do STOP, André Pestana, numa conferência de imprensa, em Coimbra.
O Presidente "felicita os professores portugueses pela sua competência, dedicação e entusiasmo, reconhece a enorme responsabilidade que lhes está entregue e incentiva todos os cidadãos a apoiarem o seu trabalho".
No Dia do Professor, Mário Nogueira exigiu ao Governo um mapa completo das situações associadas a infeções por Covid-19 nas escolas, acusando o Ministério da Educação de "incorrer em ilegalidade para esconder incompetência".
Para a Fenprof é preciso contrariar a tendência que se tem registado nos últimos anos de a profissão estar a perder professores e não estar a ganhar novos candidatos.
Secretário-geral da central sindical, Carlos Silva, fez questão de demonstrar" a sua solidariedade na "grande mobilização" de professores que juntou mais de 13 mil manifestantes na capital.
Em dia de reflexão para as legislativas de domingo foram ouvidas na manifestação frases como "o futuro da nação passa pela educação" e "estabilidade sim, precariedade não".
Os professores não abdicam da recuperação do tempo de serviço em falta (seis anos, seis meses e 23 dias) e exigem a valorização da carreira, que "está absolutamente subvertida".
"Se o Governo não tomar medidas e se o Governo não resolver, vai haver uma rotura tremenda não tarda", afirmou o secretário-geral da FENPROF Mário Nogueira.
"Quando as coincidências são muitas, podem de facto não ser coincidências, e nós temos de saber disso", diz Mário Nogueira.
Votação final em plenário do diploma de reposição total do tempo de serviço para os docentes deve acontecer até 15 de maio, quando a AR interrompe trabalhos devido à campanha para as Europeias.
Os professores vão fazer greve às avaliações e uma manifestação nacional na véspera das eleições legislativas caso a recuperação de anos de serviço prevista no que consideram o "decreto do roubo" não seja alterada no parlamento.
Líder da Fenprof falou em nova greve às avaliações caso o Governo não avance na reposição do tempo de serviço dos docentes.
"O Terreiro do Paço é como o algodão, não deixa enganar. Ou está cheio ou não está cheio", diz Mário Nogueira.
Os professores fazem este sábado o "teste o algodão" à luta pela recuperação total do tempo de serviço congelado, levando uma manifestação nacional para o espaço em Lisboa que "não engana" quanto ao nível de adesão - o Terreiro do Paço.