
Juventus perde quase 10% no fecho da bolsa de Milão após acusações a Ronaldo
Chegada de Ronaldo fez 'voar' o título da Juventus, que, em 20 de setembro, subiu para 1,8064 euros.
Chegada de Ronaldo fez 'voar' o título da Juventus, que, em 20 de setembro, subiu para 1,8064 euros.
Luigi Di Maio e Matteo Salvini, líderes dos partidos da coligação italiana, acusam responsáveis da UE de usarem os mercados financeiros para enfraquecer o Executivo italiano e garantem que poderão ser exigidas compensações.
A tensão em Itália continua a agitar o mercado de dívida. Mas não as bolsas europeias. As praças do Velho Continente subiram, num dia que também foi de ganhos para os preços do petróleo nos mercados internacionais.
As principais bolsas europeias registaram fortes perdas, em especial a banca do velho continente, e os juros das dívidas dos países da Zona Euro avançam, influenciados pelos objectivos do governo italiano para o orçamento de 2019. Brent com maior ciclo de ganhos desde 2008 e ouro com pior série desde 1997.
O comissário europeu para os Assuntos Económicos garante não querer abrir uma crise na relação entre Bruxelas e Roma. No entanto, Pierre Moscovici recorda que existem regras e que as mesmas contemplam a possibilidade de sanções.
As palavras de Salvini estão a acalmar o mercado secundário da dívida, apesar de os juros continuarem em níveis elevados face ao historial.
O principal índice da bolsa nacional segue na mais longa série de perdas desde Fevereiro, numa sessão em que a Sonae SGPS já atingiu novo mínimo de mais de um ano.
Continuam a fazer-se sentir os efeitos do colapso do viaduto na cidade de Génova na negociação das acções da Atlantia que, desde o passado dia 14 de Agosto, acumulam já uma desvalorização próxima de 30%. Esta segunda-feira, os títulos da cotada já chegaram a recuar 10%.
A tensão em torno da Turquia fez soar os alarmes no resto da Europa, em especial nos mercados mais expostos, como o caso de Itália. O euro foi arrastado e perde mais de 1% para mínimos de mais de um ano. E os juros de Roma estão a disparar.
Numa altura em que o "bola de ouro" já está a realizar exames médicos para depois formalizar a assinatura de um contrato de quatro épocas com a "Vechia Signora", as acções da Juventus somam perto de 4,5% na bolsa de Milão.
As acções do clube italiano dispararam mais de 5% na sessão desta terça-feira, em reacção à confirmação da transferência do português do Real Madrid para a Juventus.
Esta terça-feira o BCP vai reagir à melhoria da perspectiva por parte da agência de "rating" canadiana DBRS. Também o Sporting poderá ver reflectida na sua cotação os desenvolvimentos de segunda-feira, com destaque para o pedido de rescisão de mais quatro jogadores do clube leonino.
As bolsas europeias arrancaram a semana em terreno positivo, com as declarações do ministro italiano das Finanças a sobreporem-se à falta de acordo na reunião do G7. Os juros recuam na periferia do euro, e a moeda única valoriza face ao dólar.
Apesar das tarifas impostas por Donald Trump à UE e da provável queda do governo de Rajoy em Espanha, a perspectiva de normalização da vida política italiana está a animar os investidores. Bolsas registam fortes ganhos e os juros afundam face à redução do risco associado ao futuro da Zona Euro, o que contribui para a valorização da moeda única europeia.
A incerteza que por esta altura se vive na Itália dificulta a percepção daquilo que se passa verdadeiramente. Depois de pedir eleições já em Julho, o chefe político do 5 Estrelas, Di Maio, mostra-se disponível para colaborar com o presidente Mattarella, a quem queria destituir. Perfila-se nova tentativa de formar um governo anti-sistema 5 Estrelas-Liga.
Num dia de forte queda nos juros de Itália e na bolsa de Milão, o governador do Banco de Itália deixou recados aos partidos populistas do país.