Secções
Entrar

Polícia neerlandesa investiga 45 suspeitos de violência contra adeptos do Maccabi Telavive

Lusa 17 de novembro de 2024 às 17:53

A polícia está "a investigar todos os crimes cometidos antes e depois do jogo", disse Janny Knol, na sequência da violência que abalou a capital neerlandesa, levando a várias manifestações e a um quase colapso da coligação governamental.

A polícia neerlandesa anunciou este domingo estar a investigar 45 pessoas suspeitas, nove delas identificadas e detidas, dos atos de violência a 7 de novembro, à margem do jogo da equipa de futebol israelita Maccabi Telavive em Amesterdão.

REUTERS/Esther Verkaik

O número de suspeitos deverá aumentar "em parte com base na análise de um grande número de imagens", acrescentou a polícia.

"Devido à gravidade das infrações, mas também devido ao seu impacto social, criámos imediatamente uma equipa de investigação especial", explicou o chefe da polícia, Janny Knol, citado no comunicado de imprensa.

A polícia está "a investigar todos os crimes cometidos antes e depois do jogo", disse Janny Knol, na sequência da violência que abalou a capital neerlandesa, levando a várias manifestações e a um quase colapso da coligação governamental.

Segundo a polícia, gerou-se uma elevada tensão antes do jogo de futebol da semana passada entre o Maccabi Telavive e o Ajax, a contar para a Liga Europa. Os adeptos israelitas entoaram palavras de ordem antiárabes, vandalizaram um táxi e queimaram uma bandeira palestiniana na praça principal de Amesterdão.

Após o jogo, os adeptos israelitas foram atacados por homens em trotinetas. A polícia referiu que os atacantes tinham sido encorajados nas redes sociais a atacar judeus.

Cinco adeptos do Maccabi tiveram de receber tratamento hospitalar, facto que provocou a indignação dos dirigentes ocidentais.

As autoridades neerlandesas e israelitas condenaram os ataques classificados como "antissemitas" e apelaram a que os autores fossem rapidamente punidos.

"Escusado será dizer, mas penso que vale a pena salientar, que estamos focados em todos os crimes cometidos antes e depois do jogo, independentemente da identidade do autor ou da vítima", sublinhou Knoll.

Os grupos de defesa dos direitos dos muçulmanos condenaram o antissemitismo, mas sublinharam que a violência em Amesterdão não foi unilateral.

Na semana passada, o primeiro-ministro Dick Schoof atribuiu a culpa da violência a pessoas de "origem imigrante".

Na sexta-feira à noite, o governo de coligação de direita de Dick Schoof evitou por pouco o colapso, depois da secretária de Estado neerlandesa para as Prestações e Alfandegas, de origem marroquina, Nora Achahbar, se ter demitido em protesto contra o que disse serem comentários racistas feitos por um dos seus colegas no gabinete, após a violência contra os adeptos israelitas.

O chefe do governo negou veementemente as alegações e tentou acalmar as preocupações após uma reunião de crise.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela