Em 2023, 49% das PME portuguesas estavam a planear ou a implementar uma estratégia de sustentabilidade. Uma percentagem que, sendo ligeiramente superior à média europeia (44%), representa uma descida de três pontos percentuais em relação a 2020. Estes dados, recolhidos num estudo europeu promovido pelo Grupo Generali, mostram a necessidade de continuar a incentivar a criação de uma cultura de sustentabilidade nas PME.

Neste contexto, o SME EnterPRIZE | Prémio Europeu de Sustentabilidade para PME procura precisamente apoiar as PME no caminho da sustentabilidade ambiental e social. Ou, mais concretamente, incentivar as empresas que mais reduzem a emissão de gases com efeito de estufa, que melhor otimizam o consumo de recursos e que mais praticam a reciclagem e a reutilização de recursos e materiais. Na dimensão social, a seguradora quer distinguir as PME que procuram o bem-estar dos seus colaboradores e que se comportam de forma responsável nas comunidades e territórios em que atuam.

Este caminho não só é responsável e sustentável como, ainda segundo o mesmo estudo do Grupo Generali, é benéfico para o negócio: 76% das PME com plano de ação para a sustentabilidade reportam maior eficiência no consumo de energia e de outros recursos e conseguem poupanças claras de custos. 68% afirmam que os seus esforços em termos de sustentabilidade abriram novos mercados e, por essa via, aumentaram as receitas.

Exemplos portugueses de sustentabilidade

Foi essa a aposta das PME portuguesas que venceram a primeira edição do prémio, como a Belcinto, com um projeto para acabar com o desperdício na produção de artigos em pele, como a ALGAplus, que produz algas para alimentação, renovando a água da ria de Aveiro, ou como a Promecel, que aumentou radicalmente a sustentabilidade da sua fábrica na área da metalomecânica.

Na segunda edição, a Miranda Bikes venceu com o projeto de fabrico de componentes para bicicletas com material reciclado e usando energias renováveis. As menções honrosas foram para a Valérius, com um projeto único de reutilização dos desperdícios e do lixo têxtil, e para o Neya Porto Hotel, um estabelecimento que se diferencia dos outros por ter sido concebido 100% comprometido com os princípios de sustentabilidade.

Nesta terceira edição do prémio, a Generali Tranquilidade, em parceria com o Correio da Manhã e a SÁBADO, tendo a EY como knowledge partner, vai continuar a incentivar e a dar visibilidade a mais histórias inspiradoras da economia real do nosso país, de empreendedores que percebem que o investimento na sustentabilidade não só defende as pessoas e o ambiente como tem retorno para o negócio. As candidaturas serão avaliadas por um júri formado por individualidades independentes e reputados especialistas com provas dadas na área da sustentabilidade, oriundos das esferas académica, empresarial e associativa (ver em baixo).

A empresa vencedora receberá seguros e serviços da Generali Tranquilidade avaliados em 15.000 euros. O vencedor e as menções honrosas terão difusão e cobertura mediática no Correio da Manhã, Sábado e CMTV. Isto para além de um vídeo promocional, diploma e selo digital "PME Sustentável/Vencedor". Numa novidade desta terceira iniciativa, os líderes das dez PME mais bem classificadas recebem uma inscrição no programa VOICE Leadership Initiative – Formação para líderes de PME, da NOVA SBE.

Sociedade e ambiente

Conforme referido, nesta edição existem duas categorias a concurso: impacto social e benefícios ambientais. No formulário de candidatura, a PME poderá responder às perguntas sobre ambas as categorias, em linha com o projeto candidatado, podendo destacar-se por boas-práticas em apenas uma das categorias ou em ambas. Refira-se que as empresas podem participar com várias candidaturas, em função dos projetos de sustentabilidade ambiental e social que tenham para apresentar. Estes projetos deverão ter um impacto relevante em áreas como o modelo de negócio; inovação e transformação digital; produtos, ofertas e serviços; bem como nas pessoas, por exemplo, em questões de diversidade, equidade e inclusão.

A nível ambiental são valorizados fatores como: atividade economicamente sustentável; escalabilidade e replicabilidade; modelos de negócio que combinem competitividade e respeito pelo ambiente; pesquisa e desenvolvimento de tecnologias inovadoras e que contribuam para a redução do consumo de energia ou a emissão de CO2; potencial de transformação e capacidade de aportar inovação e mudança ao setor de atividade; implementação de práticas que recuperem a biodiversidade, os ecossistemas e os recursos naturais.

Na vertente social, serão valorizados temas como a promoção da igualdade e do crescimento inclusivo; respeito pelos direitos humanos; e apoio a estilos de vida sustentáveis e ao bem-estar das comunidades. No que diz respeito aos próprios colaboradores da empresa, serão valorizadas as candidaturas que demonstrem a promoção de condições de trabalho condignas e de novas formas de trabalhar, o fomento de estilos de vida saudáveis, da saúde física e mental, bem como da igualdade e não discriminação no trabalho, com respeito pelos direitos dos trabalhadores.

Visibilidade a nível europeu

As PME distinguidas serão anunciadas numa cerimónia a realizar em Portugal no final de novembro ou início de dezembro. A vencedora nacional participará ainda na cerimónia europeia, em Bruxelas, em março de 2025, representando Portugal no âmbito da iniciativa europeia do Grupo Generali, juntamente com os vencedores dos outros nove países participantes. A ida a Bruxelas permite contactar com responsáveis de relações comerciais do Parlamento Europeu, abrindo oportunidades de negócio para as PME.

As empresas podem obter mais informação e candidatar-se, até 13 de outubro, aqui.