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Biotecnologia portuguesa está a transformar a agricultura sustentável

Um ano depois de receber uma menção honrosa no Prémio SME EnterPRIZE, a Asfertglobal continua a apostar em soluções biotecnológicas que promovem uma agricultura mais eficiente, resiliente e amiga do ambiente.

Sede da Asfertglobal
19 novembro 2025 16:40

Com sede em Santarém e presença comercial em dezenas de países, a tem vindo a afirmar-se como um dos nomes mais relevantes da biotecnologia aplicada à agricultura em Portugal.

Fundada em 2012, a empresa produz bioestimulantes, biofertilizantes e soluções de biocontrolo que ajudam os agricultores a aumentar a produtividade, enquanto reduzem a utilização de químicos e diminuem o impacto ambiental da atividade agrícola. “A sustentabilidade sempre foi um dos pilares estratégicos da Asfertglobal”, afirma Joana Lisboa, a marketing manager. “Não se trata apenas de acompanhar uma tendência. É um fator de competitividade e de futuro para o setor agrícola.”

No último ano, a empresa reforçou o seu compromisso ambiental adotando um modelo de maior autonomia energética. Foram instalados painéis fotovoltaicos que permitem reduzir a dependência de energia externa e diminuir a pegada carbónica das operações industriais. Em paralelo, a inovação avançou a bom ritmo nos produtos. A Asfertglobal lançou recentemente quatro novas soluções agrícolas baseadas em micro-organismos, com o objetivo de reduzir a aplicação de produtos químicos no solo. Estão já em fase final de desenvolvimento mais duas soluções, previstas para o início do próximo ano. “O desenvolvimento de soluções de biotecnologia agrícola é lento e exigente”, explica Joana Lisboa. “É necessário estudar o micro-organismo, testar a sua eficácia no solo e compreender o impacto direto na planta. São processos de anos, mas temos tido bons resultados”, afirma.

Uma agricultura que cuida do solo

As soluções desta PME portuguesa integram-se numa mudança de paradigma agrícola que é impulsionada também por políticas europeias, como a estratégia Farm to Fork, que prevê reduções significativas no uso de pesticidas e fertilizantes químicos até 2030. Para Joana Lisboa, esta tendência é clara: “Os solos estão cada vez mais saturados. É inevitável mudar. Os micro-organismos permitem disponibilizar nutrientes que já existem no solo, e os metabolitos reforçam a resistência das plantas a stress climático, doenças ou falta de água. Isso traduz-se numa agricultura mais eficiente e com menos químicos.”

Entretanto, o reconhecimento dado pelo SME EnterPRIZE ajudou a consolidar a reputação da empresa junto de clientes e parceiros. “Trouxe-nos visibilidade e validação do nosso caminho”, diz Joana Lisboa. No último ano, a Asfertglobal cresceu em volume de negócios e expandiu-se para novos mercados. Hoje, além de Espanha, Polónia, África do Sul, Estados Unidos e México, está também a desenvolver operações no Chile, Filipinas, Malásia, China e Coreia do Sul. Na América Latina, o crescimento tem sido “sólido e sustentado”, afirma a responsável.

Os solos estão cada vez mais saturados. É inevitável mudar o paradigma e produzir com menos químicos. Joana Lisboa, marketing manager da Asfertglobal

Novas tecnologias e futuro

A inovação continua a ser um dos motores da Asfertglobal. Nos últimos meses, a empresa reforçou a área de biocontrolo com novas soluções à base de Bacillus thuringiensis e Bacillus amyloliquefaciens, oferecendo alternativas sustentáveis aos químicos tradicionais. Em paralelo, apresentou a tecnologia MetaPure, que permite isolar metabolitos bioativos com impacto direto na saúde das plantas. O primeiro produto resultante desta tecnologia, o Kiplant MetaZym, aumenta a resiliência das culturas a stress e doenças, representando um novo marco no desenvolvimento de soluções biotecnológicas para uma agricultura mais sustentável.

No entanto, a mudança das mentalidades permanece como o principal desafio. “Há agricultores que trabalharam toda a vida com químicos e ainda resistem à transição”, explica Joana Lisboa. “Mas essa resistência está a diminuir e nota-se uma maior abertura ano após ano”, conclui.