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Casa Ermelinda Freitas: um século de coragem, inovação e legado no feminino
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Casa Ermelinda Freitas: um século de coragem, inovação e legado no feminino
Em 1920, na freguesia de Fernando Pó, Palmela, uma mulher ousou desafiar o seu tempo. Chamava-se Leonilde e lançou um dos maiores nomes do vinho português: a Casa Ermelinda Freitas. Um século depois, a empresa é um símbolo de perseverança, inovação e sucessão familiar marcada pelo protagonismo das mulheres.
Tudo começou em Palmela, em 1920. Uma mulher chamada Leonilde ousou plantar
um sonho. Desde então, geração após geração, foram sempre as mulheres da
família Freitas a manter vivo o mesmo propósito: transformar a terra em vinho e
o vinho em legado.
À frente da empresa está Leonor Freitas, quarta geração da família e uma
das figuras mais marcantes do setor vitivinícola nacional. Filha de Dona
Ermelinda — cujo nome se eternizou na marca —, Leonor nunca imaginara que o seu
destino seria conduzir a exploração familiar. A sua entrada no mundo rural foi
inesperada, mas profundamente enraizada no afeto. “Esta casa teve sempre
mulheres na gestão. E porquê? Porque os homens da família faleceram muito cedo
e houve mulheres muito fortes, como a minha avó Germana, que, com 38 anos,
ficou viúva e manteve viva a atividade agrícola da família com enorme
determinação.”
Apesar de ter sido orientada para uma vida fora do campo, Leonor regressou
por amor — à terra, à família e ao legado. “A família queria que eu tivesse uma
vida melhor, porque a vida rural sempre foi difícil. Mas a verdade é que voltei
por amor. Nessa altura não tínhamos marca e vendíamos a granel para outras
adegas”, recorda. Foi precisamente esse seu regresso que marcou o início de uma
nova era. A aposta passou pela plantação de novas castas, pela modernização das
infraestruturas e pela criação de uma identidade própria. "Hoje temos 31 castas, 560 hectares de vinha e um centro de
vinificação moderno. Tudo isto é extremamente gratificante, porque cheguei sem
saber, apenas com a vontade de dar continuidade ao que a família me tinha
deixado. E foi assim que começou verdadeiramente a nossa marca, a Dona
Ermelinda”, conta Leonor Freitas.
A quinta geração: visão e estratégia
Joana Freitas, filha de Leonor, representa a quinta geração da Casa
Ermelinda Freitas. Cresceu com o exemplo de uma mãe forte e presente, o que lhe
trouxe não só orgulho, mas também um enorme desafio. “Ter uma professora
exemplar como a minha mãe traz um desafio gigante para continuar e fazer ainda
melhor a todos os níveis. Mas é um desafio que encaro com muita força”, refere.
Atualmente, a aposta está na diversificação e na atenção ao consumidor, com
uma estratégia pensada passo a passo. “A nossa principal força para o futuro
reside na capacidade de estarmos permanentemente atentos — aos mercados, às
tendências e às preferências dos consumidores. Foi com esse espírito que
decidimos diversificar os perfis de vinho, adquirindo a Quinta do Minho, em
Braga, dedicada à produção de vinhos verdes, um projeto que tem tido resultados
muito positivos. Paralelamente, apostámos na região do Douro com a Quinta de
Canivães, cujos vinhos estão ainda numa fase inicial de desenvolvimento. São,
por assim dizer, os nossos vinhos mais jovens, e representam um desafio
estimulante, com grande potencial de crescimento.”
O terroir e a qualidade reconhecida
A consistência e a qualidade são pilares que têm merecido reconhecimento
internacional. O enólogo da casa, Jaime Quendera, destaca os fatores
diferenciadores que tornam os vinhos Ermelinda únicos. “Além de termos
conquistado mais de 2.500 prémios nacionais e internacionais nos últimos anos,
o que é impressionante e revela qualidade, temos um terroirmuito
particular”, observa. Com efeito, apesar do clima quente, a proximidade do mar
garante equilíbrio e frescura às vinhas. “Estamos a 10 a 20 quilómetros do mar
e isso é importante, porque no verão, nos dias muito quentes, temos a brisa
marítima que refresca as vinhas. Temos sol, mas também frescura. Os vinhos são
maduros e frescos. Essa é a distinção número um dos vinhos de Setúbal e da
Ermelinda Freitas”, sublinha Jaime Quendera.
A atual diversidade de castas e regiões permite, segundo o enólogo, uma
abordagem criativa e versátil à produção. “É quase como ser chefde
cozinha: posso combinar diferentes elementos, experimentar, criar vinhos únicos
e distintivos. Exportamos atualmente para mais de 50 países e, com as novas
apostas, temos reforçado essa presença internacional. O vinho verde, por ser um
produto exclusivo de Portugal, abre muitas portas nos mercados externos,
enquanto o Douro acrescenta história, tradição e prestígio à nossa gama.
Felizmente, os resultados têm sido muito positivos.”
Enoturismo: partilhar o legado
Hoje, a Casa Ermelinda Freitas é também um destino de enoturismo. As
visitas às vinhas, as provas comentadas e o contacto direto com a cultura local
tornam-se experiências imersivas para milhares de visitantes todos os anos.
Mais do que abrir portas, trata-se de partilhar a essência de um projeto
construído com paixão. A Casa Ermelinda Freitas é mais do que vinho, é herança,
é paixão e é futuro. Um legado que continua a crescer, para que nunca fique uma
cepa por vindimar, nem uma memória por contar.
De Palmela para o mundo, da coragem de Leonilde ao olhar atento de Joana,
passando pela determinação de Leonor, a história continua a escrever-se. Sempre
com um copo erguido à tradição e ao futuro.
Vinhos com alma e homenagem Cada vinho conta uma história. Um dos mais emblemáticos é o Destemido, criado em homenagem ao pai de Leonor, cuja coragem e espírito aventureiro continuam a inspirar. “O meu pai não tinha carro e pegou numa bicicleta para conhecer Portugal, foi até ao norte. Foi um destemido durante toda a sua vida. Tinha de lhe fazer esta homenagem”, destaca.
Perfil
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Nome: Casa Ermelinda Freitas
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Localização: Fernando Pó, Palmela, Portugal
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Fundação: 1920
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Liderança atual: Leonor Freitas
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Área de vinha: 550 hectares
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Castas: 31
Produção e Reconhecimento
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Região: Península de Setúbal
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Características dos vinhos: Elegantes e suaves,
influenciados pela brisa dos rios e verões secos
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Distinções: +2.500 prémios nacionais e
internacionais
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Exportação: +50 países
Enoturismo
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Visitas guiadas às vinhas
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Degustações de vinhos premiados
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Conhecimento dos processos de produção
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Envolvimento com a cultura da região
Expansão e Investimentos
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Modernização de infraestruturas
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Aposta nos vinhos verdes (Braga) e no Douro
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Forte presença no mercado nacional e
internacional
Contactos:
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Email: geral@ermelindafreitas.pt
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Telefone: +351 265 988 000 / +351 300 500 435
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Enoturismo: +351 915 290 729
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Morada: Rua Manuel João de Freitas, Fernando Pó,
2965-595 Águas de Moura
Um centenário diferente Temos múltiplos exemplos de empresas familiares que, a partir de um patriarca, foram crescendo, diversificando e assegurando que sucessivas gerações assumissem o comando.
A Casa Ermelinda Freitas é um modelo de empreendedorismo e sucessão no feminino, sendo também a demonstração de como as empresas familiares respondem aos desafios. A afirmação “investi o que tinha e o que não tinha” é lapidar. Muitas empresas familiares afirmam-se assim e, no caso concreto, alcançando a longevidade de cinco gerações. Numa evidente harmonia entre família e empresa.
Luís Parreirão, advogado e gestor, que ao longo de mais de duas décadas tem refletido sobre os principais desafios das famílias empresárias
Luís Parreirão
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