O
envelhecimento da população portuguesa já não se mede apenas em números. Cada
ano traduz-se em mais longevidade e em novas exigências sociais, económicas e
culturais. É neste contexto que o Grupo Ageas Portugal promove iniciativas que
ligam a investigação à experiência real das pessoas. O Barómetro Gerações em
Movimento, desenvolvido pela Ipsos Apeme em colaboração com o Grupo Ageas
Portugal, é um desses exemplos: um estudo que observa o envelhecimento de forma
intergeracional e coloca a longevidade no centro do debate público.
A partir de
centenas de inquéritos, o estudo analisou como diferentes gerações (dos jovens
adultos aos seniores) vivem e se preparam para envelhecer. As respostas revelam
um país consciente da importância de planear o futuro, mas ainda pouco
preparado para o fazer. A maioria reconhece a necessidade de poupar e investir,
mas tem dificuldade em transformar a intenção em prática. Como resumiu Elsa
Gervásio, marketing strategy and understanding leader da Ipsos Apeme, “a
falta de conhecimento é transversal e a linguagem financeira continua pouco
clara”. Para o Grupo Ageas Portugal, esta leitura é mais do que um diagnóstico.
Luís
Menezes, CEO do Grupo, reforçou a importância de compreender como cada geração
se relaciona com o tempo para desenhar respostas sustentáveis: “O
envelhecimento não é um problema, é uma mudança de escala. Temos de o preparar
com antecedência e com coragem.” O Grupo quer continuar a atuar neste
cruzamento e ciência e cidadania, convertendo o conhecimento em ação.
O estudo
também evidenciou uma transformação cultural em curso. As gerações mais novas
valorizam a flexibilidade e o bem-estar, enquanto as mais velhas privilegiam a
estabilidade e o sentido de utilidade. “Falar de longevidade é falar de
ligação”, recordou Elsa Gervásio durante a talk, destacando a importância de
manter o diálogo entre gerações e de aprender com as experiências de cada uma.
Uma nova
forma de olhar o tempo
Mais do que
um retrato estatístico, o Barómetro Gerações em Movimento revela perceções e
comportamentos que podem orientar empresas, instituições e políticas públicas.
Mostra que o envelhecimento deve ser visto não só como um desafio económico,
mas também como uma oportunidade social. A preparação financeira, a literacia e
a inovação tecnológica surgem como pilares de uma sociedade que envelhece mais,
mas também melhor. “A forma como a vivemos depende de todos nós, da forma como
nos preparamos e das condições que criamos para envelhecer com autonomia e
dignidade”, afirma Nelson Machado, membro da Comissão Executiva do Grupo Ageas
Portugal.
Uma mensagem
que se estende para lá do evento e resume a ambição do MaisIdadeMais: inspirar
uma nova forma de olhar o tempo. O desafio que se coloca agora é dar
continuidade ao debate e transformá-lo em prática. Preparar essa mudança é o
passo decisivo para garantir que o futuro não é apenas mais longo, mas também
melhor vivido.