C•Studio é a marca que representa a área de Conteúdos Patrocinados do universo Medialivre. Aqui as marcas podem contar as suas histórias e experiências.
Enviar o artigo: Falar de envelhecimento é falar de futuro
Enviar o artigo: Falar de envelhecimento é falar de futuro
Falar de envelhecimento é falar de futuro
O debate MaisIdadeMais juntou especialistas, gestores e entidades públicas para discutirem como Portugal pode preparar-se para viver mais e melhor. Ficou evidente que envelhecer é um desafio comum.
A edição de 2025
do plano integrado MaisIdadeMais reforçou a discussão sobre o envelhecimento
ativo e a longevidade em Portugal. Promovido pelo Grupo Ageas Portugal, o
evento reuniu investigadores, gestores e representantes de entidades públicas e
privadas para partilhar perspetivas sobre tempo, saúde e futuro.
Luís
Menezes, CEO do Grupo Ageas Portugal, abriu o encontro com um apelo à
responsabilidade coletiva perante o envelhecimento da população. Sublinhou que
a literacia financeira continua a ser uma das maiores fragilidades do país e
alertou que a sustentabilidade das reformas dependerá das decisões tomadas
hoje. Seguiu-se a apresentação do Barómetro Gerações em Movimento, por Elsa
Gervásio, marketing strategy and understanding leader da Ipsos Apeme. O
estudo mostrou contrastes entre gerações e uma preocupação comum: segurança
financeira e autonomia. “Falamos de rendimentos, mas corremos na pista errada”,
comentou. “A falta de conhecimento é geral e a linguagem financeira continua
pouco clara”.
Luís Menezes, CEO do Grupo Ageas Portugal
Declínio
demográfico não se resolve sem imigração
O antigo
vice-primeiro-ministro Paulo Portas abordou o envelhecimento numa perspetiva
macroeconómica, apontando-o como “o problema mais sério que Portugal tem”.
Lembrou que “nós não trabalhamos para a nossa reforma, trabalhamos para pagar
as reformas dos que cá estão hoje” e defendeu a criação de um “segundo pilar”
de poupança, assente em fundos complementares que reforcem o sistema público de
pensões. Alertou ainda que o desequilíbrio demográfico agrava o problema. “Quem
vos disser que o declínio demográfico se resolve sem imigração, está a mentir”,
afirmou.
O painel
seguinte, moderado por Teresa Guilherme, reuniu Nelson Machado, membro da
Comissão Executiva do Grupo Ageas Portugal, João Machado, presidente da
Fundação Ageas e Maria Amélia Cupertino de Miranda, presidente da Fundação
António Cupertino de Miranda e Paulo Portas. “Quanto ao envelhecimento não
posso fazer nada; à longevidade posso fazer tudo”, salientou Nelson Machado.
João Machado completou: “Portugal é um país fantástico para envelhecer, se
tivermos dinheiro, saúde e vivermos no sítio certo. Mas isso é o privilégio de
uma minoria.”
Nós não trabalhamos para a nossa reforma, trabalhamos para pagar as reformas dos que cá estão hoje.Paulo Portas
Para ajudar
a tornar Portugal num país onde todos podem envelhecer com qualidade foi criada
a Fundação Ageas, que tem como objetivo “identificar projetos de inovação
social que têm potencial de escalar”, ou seja, “chegar a muito mais pessoas do
que atualmente chegam”. A Fundação garante também que no futuro estes projetos
“não sejam tão dependentes de donativos de subsídios de prémios, que têm ‘perna
curta’ no médio longo prazo”. “Portanto, trabalhamos com esses projetos para
que eles evoluam”, explica.
Maria Amélia
Cupertino de Miranda reforçou a importância da literacia financeira e digital
em todas as idades: “Há décadas que ensinamos os novos a serem competentes
financeiramente, mas é preciso ensinar também os velhos”, afirmou, sublinhando
que o envelhecimento exige atualização constante do conhecimento. “Temos uma
demografia alta e uma literacia baixa, financeira e digital”, alertou.
No final do
painel, Nelson Machado lembrou que “mudar de mentalidade é mais importante do
que mudar de lei”. Paulo Portas acrescentou: “Tomar decisões positivas e ajudar
os outros é também uma forma de nos ajudarmos a nós próprios.” De intervenções
distintas nasceu uma certeza comum: viver mais exige planeamento, conhecimento
e atitude. O plano MaisIdadeMais mostrou que o futuro, tal como a longevidade,
constrói-se hoje.
João Machado, Elsa Gervásio, Maria Amélia Cupertino de Miranda, Nelson Machado, Teresa Guilherme e Gustavo Barreto
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.