Competitividade e excelência são requisitos chave num mercado claramente mais exigente a nível profissional. Nos últimos anos, as organizações têm vindo a procurar um perfil de executivos diferenciado, capaz de combinar, numa conjugação tão perfeita quanto possível, conhecimentos técnicos mais específicos e próprios da área profissional, com um conjunto de capacidades e soft skills necessárias para conduzir negócios no ambiente dinâmico em que vivemos.
Capacidade de liderança, fortalecimento do networking e facilidade no relacionamento humano são algumas das características que mais se destacam nos últimos tempos, reforçando a capacidade de os executivos atingirem as metas propostas e um efetivo sucesso no negócio.
Porém o foco nas chamadas soft skills tem vindo a tornar-se ainda mais evidente sendo que, algumas das mais solicitadas pelo mercado são também inteligência emocional, capacidade de foco na resolução de problemas, tomada de decisões assertivas e éticas, cuidado com julgamentos prévios, capacidades de comunicação, facilidade na autogestão, gosto pela colaboração e escala de valores bem definidos.
Aprender também é melhorar
Não será, por isso, de estranhar que estes profissionais procurem nas escolas de negócio ofertas formativas que lhes permitam evoluir, subindo paulatinamente as escadas do êxito profissional. Esta formação, que funciona como uma espécie de complemento da formação base, assume também maior relevância dentro das organizações, que nela apostam para capacitar profissionais para determinados cargos, tanto em PME como em grandes multinacionais.
Érica Pereira, associate director, Professionals, Randstad Portugal, deixa, assim, um conselho aos executivos no âmbito da sua formação para promoção da carreira: "O valor real de qualquer empresa reside no seu capital humano, assim, para estes profissionais, capacitados na maior parte das vezes de skills técnicas bastante fortes, deverão ser consideradas ações de desenvolvimento orientadas à liderança e gestão de equipas." Falamos aqui de "líderes humanos, com foco no negócio e orientados a resultados", que serão "a chave para o sucesso de qualquer organização".
De resto, Érica Pereira lembra que "a escassez de talento ao nível de perfis middle top management" se agrava "quando as competências fundamentais e quase obrigatórias para estes níveis de senioridade não são evidenciadas de forma natural".
Portugal bem representado
Perante todo este cenário, as escolas de negócios desempenham um papel crucial na formação desses gestores e, globalmente, enfrentam desafios para se preparar e desenvolver executivos com as características solicitadas pelo ambiente atual.
Mas estes desafios são facilmente ultrapassados e não será por acaso que Portugal conta com três escolas no muito prestigiado ranking internacional do Financial Times, "FT de Masters in Management". Divulgado já este mês, a tabela é mais uma vez liderada pela francesa HEC Paris, proveniente de um país que conta 21 escolas representadas.