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Diz quem sabe

Responsáveis das instituições de ensino superior dão conselhos preciosos aos estudantes para o seu futuro

17 junho 2021 16:24

Escolher um curso superior e uma universidade ou politécnico é uma decisão séria e que deve ser ponderada. Os alunos refletem, mas muitas vezes ficam indecisos. Seguem a paixão ou a razão? Uns vão para a área de que gostam, com a qual se identificam. Não têm dúvidas, mesmo que, por vezes, as áreas que adoram não tenham muito mercado. Outros são pragmáticos, olhando à empregabilidade. Há estudantes que sabem o querem ser desde tenra idade. Outros só tomam a decisão bem mais tarde, por vezes quase no período das candidaturas ao ensino superior público ou privado. Cada um é como é, não obstante, com o intuito de ajudar os jovens a tomar a melhor decisão, perguntámos a alguns responsáveis de universidades e faculdades e outros convidados deste trabalho que conselhos dariam a um estudante que vai ingressar no ensino superior no próximo ano letivo.

Clara Raposo, presidente do ISEG – Universidade de Lisboa, deixa três conselhos:

Começa por questionar e depois da licenciatura? "Deve pensar naquilo que quer mesmo fazer no futuro. Deve escolher a licenciatura e a faculdade que lhe garante uma formação sólida e abrangente. Se fosse eu, preocupar-me-ia em conseguir fazer uma licenciatura que me permitisse a seguir escolher um mestrado em qualquer sítio do mundo (ou em Portugal!) e sentir que tinha capacidade de o fazer e de ser bem recebido." A dean explica que no ISEG existe esse cuidado, de preparar os alunos com boas bases para qualquer mestrado a seguir – e a verdade é que os licenciados da sua escola são bem recebidos e têm muito bom desempenho nos mestrados do ISEG ou de outras escolas de topo em Lisboa, bem como no resto do mundo. 

E durante a licenciatura? Outro aspeto importante para Clara Raposo é o "ambiente e estilo de vida durante a licenciatura". Dá o exemplo do ISEG, onde se aprecia que os alunos tenham muito bom desempenho, embora reine um ambiente colaborativo entre todos. "A competição pelos melhores resultados é saudável e o fair play é essencial – somos um espaço seguro, de partilha e de franqueza entre todos, de proximidade." Na sua escola, assegura, fica-se feliz com os bons resultados individuais e também com os bons resultados dos colegas. O ambiente é de proximidade e eclético, de debate e de tolerância.

O espaço em que se trabalha no ISEG, recorda a responsável, é muito bonito e tranquilo, e numa zona central e linda de Lisboa. O ISEG faz parte da cidade, do que tem de mais genuíno e popular e do que tem de mais chique. "Aprende-se a viver nestes dois mundos, com o silêncio quando necessário e com o bulício da vida real quando o procuramos. E valorizamos que os estudantes tenham outros interesses e mais vida para além da licenciatura. Claro que têm de estudar muito, mas também merecem, podem e devem ser pessoas interessantes." 

Em que pessoa me vou tornar? O último conselho que a presidente do ISEG dá tem a ver com o tipo de formação – enquanto futuro profissional e enquanto pessoa. "Para mim é importante saber que, além da solidez da formação científica e técnica, a faculdade em que estudo não é ‘artificial’ nem composta por pessoas todas iguais, que pensam da mesma maneira e/ou que vêm todas mais ou menos do mesmo colégio ou da mesma zona." Clara Raposo recorda que ser exposto a pessoas diferentes de nós, que passaram por experiências diversas, que viveram noutros sítios, que são de outra raça, que têm outra religião ou nenhuma, torna as pessoas melhores.

A dean acrescenta esperar que no ISEG se continue a atrair pessoas heterogéneas e que, cada vez mais, se consiga aproximá-las, fomentando debates, amizades e cumplicidades improváveis. "Este lado humano, a tolerância e o estabelecimento de pontes entre todos será aquilo que vos permitirá, a cada um e a todos, nesta nova geração de licenciados, acreditar no futuro e pô-lo em marcha. Open Minds. Grab the Future."

Viver experiências únicas

Por sua vez Pedro Martins, educational counselor da Les Roches – Portugal, aconselha os estudantes que vão ingressar no ensino superior a partir de setembro ou outubro a "aproveitar ao máximo a vida académica". Este aproveitar passa por "adquirir conhecimento e tirar o melhor partido de todas as experiências que a instituição de ensino proporciona, além de todo o ambiente académico". "São momentos únicos que devem ser vividos com compromisso, paixão e desejo de ir sempre mais longe", sublinha.

Por sua vez, Laura Ramos Lopes, coordenadora executiva da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, pede aos alunos que vão para o superior que levem "um espírito aberto para aprender, para participar na vida universitária, para experimentar o ensino no estrangeiro, mas também para se divertir e gozar a beleza única da vida estudantil universitária".

Visitar sites das instituições e plataformas

Já Davis Gouveia, fundador do site Uniarea, plataforma de referência da comunidade estudantil, alerta os estudantes que comecem por procurar informação detalhada sobre as opções que lhes despertam interesse no site das próprias instituições de ensino superior e em plataformas como a Uniarea, em que se pode falar com alunos que frequentam esses cursos e essas instituições de ensino superior.

Para Davis Gouveia, portais estatísticos como o InfoCursos são úteis, mas "não revelam o que está por trás dos números apresentados e onde é que, efetivamente, os alunos empregados estão a trabalhar, pelo que devem ser consultados com cautela". Pede ainda que "mais do que os nomes dos cursos", os alunos tenham atenção aos planos de estudos e tentem perceber se são áreas que têm interesse em estudar. No fim, deseja boa sorte para a escolha e deve-se sempre pensar que, "se correr mal, há alternativas para mudar de curso depois". 

Se fosse eu, preocupar-me-ia em conseguir fazer uma licenciatura que me permitisse a seguir escolher um mestrado em qualquer sítio do mundo ou em Portugal!

Clara Raposo, presidente do ISEG