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O futuro começa agora

Em breve, dá-se o acesso ao ensino superior. Saber o que fazer, o que escolher e porque o fazer é fundamental para os estudantes

18 junho 2020 10:39

O ingresso no ensino superior está próximo. Não está "ao virar da esquina", pois este ano o surto de covid-19 obrigou a alterações de calendário, mas será em breve que os alunos começam este percurso tão importante na sua vida. Primeiro fazem-se os exames nas escolas. Depois procede-se às candidaturas ao ensino superior. Tudo o que é preciso saber está nas folhas deste trabalho. O que se deve fazer para que tudo corra bem no acesso ao Superior, as novas regras, a oferta de cursos, o que distingue cada instituição de ensino superior e até o que cada uma está a fazer para lidar com a pandemia, assim que arrancar o próximo ano letivo.

Muitos estudantes sabem precisamente o que querem e o caminho que querem seguir. Outros estão indecisos. Seja qual for o caso, diversos responsáveis de universidades, faculdades e politécnicos deixam conselhos que valem ouro aos jovens estudantes de hoje, futuros licenciados e doutores de amanhã.

Assim, à questão o que deve ter em atenção um jovem quando se candidata a um curso do ensino superior, Elvira Pacheco Vieira, diretora-geral do ISAG – European Business School, responde que "a escolha do curso deve sempre respeitar a vocação e as ambições pessoais de cada um, mas também deve ter em conta as oportunidades para o futuro". Para isso, prossegue, devem procurar instituições que "tenham bons indicadores de empregabilidade, um corpo docente de referência e oportunidades de enriquecimento curricular, como a possibilidade de pertencer a um núcleo de investigação e de ter experiências internacionais".

Sebastião Feyo de Azevedo, reitor da Universidade Portucalense (UPT), diz que "é bom que um jovem siga as suas motivações e apetências, que reflita sobre as áreas científicas e sobre os cursos oferecidos, que ouça pessoas mais velhas que trabalham nessas áreas". "Será bom que entre num curso que lhe diga algo. Mas, deve ter igualmente em atenção que este é apenas um passo na sua formação humana, muito importante, mas apenas um passo". O responsável da UPT acrescenta que "o chamado ‘tempo de semivida do conhecimento’ tem diminuído de forma extraordinária, como igualmente se sente o aumento da ‘esperança de vida’". "Ora, estas duas evoluções não deixam dúvida de que crescerá muito a exigência, para todos nós, de formação ao longo da vida, de voltar à escola, seja online ou on campus. A formação inicial (que aliás vem desde a pré-primária) é um suporte, mas a trajetória humana dos nossos tempos é influenciada por muitos outros fatores."

Pedro Dominguinhos, presidente do Instituto Politécnico de Setúbal, afirma que o mais importante "prende-se com os desejos, os gostos e as preferências pessoais" do estudante. Depois, há também que saber qual "a empregabilidade do curso e a sua evolução futura". "Neste caso, a busca de informação, a participação em feiras de educação, cursos de verão e webinars torna-se essencial."

Cristina Ventura, presidente do ISEC Lisboa, sublinha ser "de extrema importância que o jovem opte por uma área com a qual se identifique e que efetivamente deseje prosseguir". Porém, alerta, deverá sempre avaliar as características da instituição de ensino superior a que se candidata e, por outro lado, a empregabilidade do curso escolhido. "A escolha da instituição de ensino superior deve ter em consideração os serviços disponibilizados, o acompanhamento ao estudante disponível, a componente prática dos cursos, o caráter inovador e de produção de conhecimento dessa instituição, a sua ligação ao mercado de trabalho e a empregabilidade dos cursos".

Estudantes continuam a aumentar no Superior

Metade dos jovens de 20 anos residentes em Portugal frequenta o ensino superior, o que significa um aumento de quase 25% de estudantes em relação a 2015 (cerca de 10.000 estudantes entre 2015 e 2019). Estes dados, apresentados em 2019 e que se podem ler no site www.portugal.gov.pt, confirmam uma evolução no sentido de garantir que 60% dos jovens de 20 anos estejam a estudar no ensino superior em 2030.

Os dados confirmam o reforço dos últimos anos do ensino superior, incluindo das formações de curta duração, oferecidas pelos politécnicos (os TESP), as quais criaram novos percursos de qualificação da população em colaboração com o tecido produtivo e as empresas. Nestas formações, o número de novos estudantes aumentou de 5.100 em 2015, para uma estimativa de mais de 9.500 em 2019, quase duplicando desde o início da legislatura, é assegurado no texto.

O número total de estudantes do ensino superior aumentou 4% entre 2015 e 2018 (de 358 mil para 373 mil estudantes nos setores público e privado), incluindo mais de 9 mil estudantes em formações curtas de âmbito superior. No texto lê-se que a dotação orçamental para as instituições públicas de ensino superior cresceu 10% entre 2016 e 2019 (de 1.002 para 1.105 milhões de euros) e o número de bolsas de ação social escolar cresceu de 64 mil em 2014/15 para cerca de 80 mil em 2018/19.