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Ventilação e extração fazem toda a diferença

Uma boa climatização é importante para proteger a saúde de quem está a trabalhar em casa ou na empresa

12 novembro 2020 10:02

A Apirac - Associação Portuguesa das Empresas dos Sectores Térmico, Energético, Electrónico e Ambiente é uma associação patronal, sem fins lucrativos, criada em 1975, que tem por objetivo a adequada estruturação e desenvolvimento do setor do frio e da climatização em Portugal. A associação congrega toda a cadeia de negócio do setor: projeto e consultoria; fabrico; importação e distribuição de equipamentos e componentes; instalação, manutenção, assistência técnica; qualidade do ar interior; e gestão técnica centralizada. Este facto proporciona uma boa capacidade de intervenção junto do tecido empresarial e social.

Nuno Roque é o secretário-geral da APIRAC. É, portanto, um perito no tema deste trabalho e explica por que motivo um bom sistema de climatização é tão importante para a nossa saúde, seja em casa, no trabalho ou num qualquer estabelecimento comercial.

"A prática da introdução de ar exterior por sistemas de ventilação e extração em todos os edifícios, seja natural ou forçada, além de obrigatória, é fundamental para a saúde, o bem-estar e a segurança dos seus ocupantes ou utilizadores. A análise do espaço, das obstruções existentes, do tipo de atividade, do caudal de ar mínimo, do local de entradas e saídas do ar, da eficácia de ventilação, da climatização para evitar choques térmicos, são alguns dos requisitos a ter em conta na escolha e implementação de um bom sistema AVAC (aquecimento, ventilação e ar condicionado)."

Questionado se é ainda mais importante possuir um bom sistema de climatização, face ao atual momento de pandemia, responde que "como se tem comprovado, e genericamente aceitado, o contágio nos espaços fechados é cerca de 20 vezes mais provável do que no exterior". "Acresce que cerca de 80% do nosso tempo de vida é passado em espaços fechados: as nossas casas, o nosso emprego, as nossas diversões e até muito do nosso desporto", recorda.

Para Nuno Roque, apenas duas questões se colocam face ao problema da existência de agentes poluentes no interior dos edifícios: "Em primeiro lugar, evitar que qualquer poluente penetre nesse espaço; em segundo lugar, se o agente poluente ou patógeno foi transportado para o interior ou nele se desenvolveu, é necessário anulá-lo ou expulsá-lo rapidamente para o exterior, reduzindo o mais possível o tempo de exposição." Para este efeito – acrescenta o responsável da APIRAC – a ventilação e extração do ar do espaço em causa será um dos métodos mais eficazes e mais económicos de o conseguir.

A pandemia afeta o setor de formas diferentes

Existem diferenças nos vários segmentos da cadeia de negócio. Por isso, a pandemia não afetou de modo igual a atividade ligada à climatização e refrigeração. Nuno Roque faz o retrato do que aconteceu nos dois primeiros trimestres. Cada segmento apresenta impactos significativos nos 1T e 2T – 1.º trimestre e 2.º trimestre – face ao período homólogo do ano passado.

O valor médio do setor para o 1T é de -27%, passando para -36% no 2T. A maior quebra reportada para o 1T e que quase duplica para o 2T (-50%) encontra-se nos segmentos dos fabricantes e da distribuição.

"Gostaríamos, no entanto, de destacar um facto muito positivo: o impacto quase inexistente ao nível dos despedimentos, demonstrando que os empresários estão a procurar caminhos alternativos como resposta imediata à crise e que estão a tentar manter a sua capacidade intacta, essencial numa fase de retoma."

Não obstante, a duração da contração do mercado pode afetar este cenário positivo, relembra. "A retoma poderá ser longa e não atingir de igual modo todos os segmentos da cadeia de negócio. Uma recuperação mais rápida em segmentos próximos do cliente final poderá não ser acompanhada ao mesmo ritmo noutros segmentos."